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Show (de guitarra) do ano

Após revolucionar blues e rock por décadas, Jeff Beck toca amanhã em SP

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Nada indica que Eric Clapton passe pelo Brasil nesta temporada. Dessa forma, o show mais importante do ano para quem gosta de guitarra acontece amanhã, em São Paulo: Jeff Beck toca na segunda noite do festival Samsung Best of Blues.

Aos 69 anos, o músico inglês permanece como o grande nome vivo na experimentação do instrumento.

Ainda nos anos 1960, ele mergulhou fundo na distorção eletrônica, quando tocou no Yardbirds e, depois, em seu Jeff Beck Group.

Sem exagero, é possível afirmar que o rock pesado, o heavy metal, foi gerado nos delírios musicais de Beck.

A comparação com Clapton é pertinente. Beck o substituiu em março de 1965 no Yardbirds, a banda inglesa de blues na qual Clapton ganhou o apelido de "Deus". As características dos dois como instrumentistas definiram seus futuros no rock.

Clapton sempre quis seduzir a plateia. Criava frases musicais agradáveis, para grudar no ouvido. Virou uma estrela pop. Beck era a transgressão, o blues barulhento. Sua música fazia escola, mas passava longe do sucesso.

Ainda nos anos 1960, Beck formou outra banda, assumindo o papel de protagonista. O Jeff Beck Group gravaria apenas dois discos, sendo o primeiro uma obra-prima roqueira, "Truth" (1968).

Eram seus coadjuvantes na banda o cantor Rod Stewart e o guitarrista Ronnie Wood, hoje nos Rolling Stones.

VIDA CIGANA

A partir dos anos 1970, começou sua vida "cigana". Gravava sozinho ou criava parcerias breves que às vezes duravam apenas um disco, como o trio poderoso ao lado do baixista Tim Bogert e do baterista Carmine Appice (que lançou "Beck, Bogert & Appice", em 1973).

Nos anos 1980 e 1990, continuou a rotina de álbuns elogiados pela crítica e pouco conhecidos do grande público.

Emprestou sua guitarra a discos dos amigos mais famosos, como Rod Stewart. O único clipe de Beck com boa veiculação na MTV foi justamente "People Get Ready", gravado com Rod em 1985.

Neste século, apenas três álbuns: "You Had It Coming" (2001), "Jeff" (2003) e "Emotion & Commotion" (2010). Todos ganharam o Grammy.

Entrou para Rock and Roll Hall of Fame em 2009, e quem discursou na cerimônia foi seu amigo de décadas Jimmy Page (Led Zeppelin). Em seguida, Beck tocou ao lado de David Gilmour (Pink Floyd).

Ele veio ao Brasil em 2010, mostrando um repertório com blues negro americano, uma versão de "Over the Rainbow" (de "O Mágico de Oz") e até cover de Beatles.

Toque o que quiser, amanhã Beck dará ao público paulistano uma noite para não ser esquecida.


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