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Shows grátis unem rock de Brasília e de São Paulo
Ex-Legião, Dado e Bonfá tocam no Anhangabaú
As ligações entre o rock de Brasília dos anos 1980 e as bandas paulistanas contemporâneas ou influenciadas por aquela cena dão o tom do Festival CCBB de Música Urbana, que leva shows gratuitos ao Vale do Anhangabaú.
No palco, três atrações por dia. Hoje, às 15h, o Vespas Mandarinas abre o festival. Grupo que lançou no ano passado seu primeiro álbum, "Animal Nacional", tem em comum com o rock oitentista uma preocupação com letras elaboradas.
Em seguida, Dado Villa-Lobos sobe ao palco como legítimo nome do rock candango. O ex-guitarrista da Legião Urbana tocará com sua nova banda, Panamericana, que traz na formação veteranos de pedigree roqueiro.
O baterista é Charles Gavin, ex-Titãs. No baixo, Dé, do Barão Vermelho. E quem canta é Toni Platão, que foi da banda carioca Hojerizah antes de sua carreira solo.
A proposta do quarteto em seu primeiro álbum, prestes a ser lançado, foi gravar versões em português do novo rock latino --uruguaio, principalmente, e argentino.
O primeiro dia se encerra com o Ultraje a Rigor e discotecagem de Tatá Aeroplano.
Amanhã, há um número maior de brasilienses no palco. A Plebe Rude abre a programação e traz em sua formação uma tradução física dessa colaboração entre Distrito Federal e São Paulo.
Há dez anos, Clemente, líder da banda punk paulistana Inocentes, está na Plebe cantando e tocando guitarra. No início da década de 1980, Clemente foi uma espécie de cicerone para os roqueiros brasileiros que se aventuravam em São Paulo.
Depois, Marcelo Bonfá, ex-baterista da Legião, vai mostrar músicas do grupo. Ele convidou para o show o cantor Paulo Ricardo (RPM) e o tecladista Carlos Trilha, que nos anos 1990 trabalhou em discos e turnês com Renato Russo e a Legião.
O encerramento do festival terá Nando Reis e os Infernais, com show começando às 19h. O DJ set de amanhã fica por conta de Mauricio Valladares, que ajudou a Legião Urbana em seus primeiros anos no eixo Rio-SP.
