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Broadway para veteranos

Quem viaja para Nova York tem muitas opções novas de espetáculos musicais para assistir, muito além dos tradicionais 'Rei Leão' e 'O Fantasma da Ópera'

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

As duas últimas temporadas da Broadway foram as mais produtivas dos últimos 30 anos, com 46 novas peças na safra 2012-2013, e 44 lançadas em junho. Há cada vez mais opções para que o turista, veterano ou não, vá além dos tradicionais "Rei Leão" e "O Fantasma da Ópera", e se arrisque em novo musical na passagem por Nova York.

A temporada é ainda mais interessante para quem gosta de comédia musical. Dos principais indicados ao Tony (o "Oscar" versão Broadway), três entram na classificação: "A Gentleman's Guide to Love and Murder", "Bullets Over Broadway" e "Hedwig and the Angry Inch".

Inspirado no livro "Israel Rank - The Autobiography of a Criminal" (1907), de Roy Horniman, "Gentleman's" levou dez indicações. É um dos favoritos a melhor musical.

Com enredo que se passa no Reino Unido do século 19, o roteiro traz a sagacidade do humor britânico nas falas, mas com atuações, por vezes, muito caricaturais. O conjunto, no entanto, tem agradado o público da Broadway.

Boa parte do sucesso do musical se deve às atuações de Jefferson Mays, que, como Alec Guinness no filme "As Oito Vítimas" (1949) ""também adaptado do livro--, interpreta oito personagens de uma família nobre que separam o protagonista Monty Navarro de sua gorda herança.

É também pela atuação de Neil Patrick Harris, o Barney de "How I Met Your Mother", que as sessões de "Hedwig" seguem lotadas desde a estreia, em 22 de abril.

Na pele do vocalista transexual de uma banda de rock, Harris é a grande novidade do musical, cuja primeira versão na Broadway foi em 1998.

Já "Bullets Over Broadway" tem a grife Woody Allen, que dirigiu o filme homônimo e adaptou o roteiro para palco. São mais de duas horas de sátira à Broadway --na Broadway. O ator Zach Braff faz um aspirante a roteirista que se envolve com um mafioso para emplacar seu musical. Mas o destaque é o canadense Nick Cordero, indicado ao Tony pelo papel de um capanga com veia literária.

ESTRELAS

Esta temporada levou vários nomes célebres no cinema e na TV à Broadway. Dois deles serviram melhor como "isca": James Franco, em "Of Mice and Men", e Bryan Cranston, em "All the Way".

Cranston, conhecido como o protagonista de "Breaking Bad", de fato, faz valer as quase três horas de peça ao assumir o papel de um desajeitado, mas persuasivo, Lyndon Johnson em seu primeiro ano de poder, após a morte de John Kennedy, em 1963.

O mesmo não se pode dizer de Franco, que some ao lado do parceiro de palco, o irlandês Chris O'Dowd.

O'Dowd surpreende no papel de Lennie, um homem com problemas mentais, vivido no cinema pelo ator americano John Malkovich.

O irlandês, aliás, disse antes da estreia ter pesadelos com isso. "Sonho que estou no palco e só há uma pessoa na plateia: John Malkovich. Mas antes de eu abrir a boca, ele se levanta e sai", contou. Agora, foi indicado ao Tony como melhor ator, junto com Cranston. Qualquer um dos dois será escolha merecida.


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