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Crítica - Rock

Músicas parecem criadas por um Clube da Esquina que tomou ácido

DO EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

O pacote completo do Boogarins é mais interessante do que apenas a música. São muitas as razões para simpatizar com a banda.

São moleques.

Surgiram em Goiânia, que há algum tempo já foi chamada de "Seattle brasileira", pela forte cena indie, e o que vem de lá parece sempre merecer atenção redobrada.

Produzem um som não exatamente original, mas difícil de ser alinhado ao que se anda fazendo por aí.

Os clipes são despretensiosos, mas evitam a estética tosca que prejudica as bandas independentes no país.

Em disco, gravam como veteranos. "Erre", "Despreocupar" e "Lucifernandis" atestam um "estilo Boogarins".

Quem ouvir uma vai reconhecer a banda quando escutar as outras. Não é fácil definir uma marca pessoal assim em apenas um disco.

Falar de Mutantes ao comentar Boogarins é até compreensível na imprensa estrangeira. Gringos não têm mais exemplos de música lisérgica em português.

O DNA sonoro do Boogarins é, na verdade, um pouquinho mais amplo. Conversa com grupos setentistas do rock nacional, como o Som Imaginário, mas ainda tenta formar canções mais redondas. Algo como um Clube da Esquina que tomou ácido.

Há um futuro brilhante para o Boogarins. Se a banda passar ilesa por essa babação de ovo exagerada de agora.


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