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Ator russo levou 'caminho interior' ao palco

DE SÃO PAULO

Além dos diretores italianos, um ator russo teve impacto no teatro paulista do pós-guerra, em companhias como TBC, Teatro Popular de Arte, Arena e Oficina.

Eugênio Kusnet, que nasceu em 1898 em Kherson, no que é hoje o leste da Ucrânia, e morreu em 1975 em São Paulo, "trazia o sentimento eslavo de cavoucar um pouco mais a alma, tinha um caminho mais interior".

É como Fernanda Montenegro descreve o ator, com quem contracenou em "O Canto da Cotovia", encenada por Gianni Ratto no início da década de 50, no TPA.

O depoimento da atriz e de diretores como Zé Celso e Antunes Filho estão em "Eugênio Kusnet: Do Ator ao Professor", de Ney Piacentini, ator da Companhia do Latão.

O livro se concentra nas atuações até os anos 60 e depois nos textos teóricos, sobretudo o elo com o diretor russo Stanislavski (1863-1938), reunidos em "Ator e Método" (1976). Não aborda sua participação no Teatro da Experiência, de Flávio de Carvalho, nos anos 30.

Kusnet atuou em peças como "Seis Personagens à Procura de Um Autor", dirigida por Adolfo Celi no TBC; "A Alma Boa de Set-Suan", primeiro Brecht no país, dirigido por Flaminio Bollini no TPA; e "Eles Não Usam Black-Tie", de Guarnieri, no Arena.

Seu maior impacto foi a partir de 1960, no Oficina, onde preparava os atores diariamente, no chamado Curso.

Em "Pequenos Burgueses", peça que se passa pouco antes da Revolução Russa, encenada por Zé Celso em 1963, sua interpretação de Bessemenov foi "o maior feito" como ator, escreve Piacentini. Começava ali, também, o professor.


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