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Infância marca disco de Moreno Veloso

Simplicidade e leveza dão o tom em 'Coisa Boa', primeiro CD solo de estúdio do cantor e compositor

Canção que dá nome ao lançamento do baiano foi composta como cantiga de ninar para os filhos do músico

DE SÃO PAULO

"Tanta coisa boa/ Nada é de ninguém". A simplicidade e o ar infantil dos versos que abrem a faixa-título "Coisa Boa" dão o tom do primeiro álbum solo de estúdio do cantor, compositor e produtor musical Moreno Veloso, 41.

Apesar de assinar o disco sozinho desta vez, o filho mais velho de Caetano Veloso segue cercado de amigos.

Participaram das gravações Domenico e Kassin, parceiros na extinta banda +2, e parte dos companheiros de Orquestra Imperial, entre eles Rodrigo Amarante e Pedro Sá, este último responsável pela produção do disco.

A letra de "Coisa Boa", aliás, é de Domenico, escrita para uma cantiga de ninar cuja melodia já tinha sido criada, testada e aprovada por Moreno na tarefa de colocar seus filhos pequenos para dormir. "Sempre funcionou muito bem aqui em casa", ri.

"Esses versos iniciais de Coisa Boa', para mim, são de uma revolução total de prazer, leveza e liberdade. São versos que libertam qualquer um. Você volta a ser criança imediatamente", diz Moreno.

O show de lançamento do disco será em São Paulo, no dia 26 de junho, no Sesc Pompeia. Em 7 de julho, haverá também show no Rio, no Theatro Net Rio.

A temática infantil segue pela obra: em "Jacaré Coruja", uma história cantada, em "Não Acorde o Neném" e também na foto de capa.

Na praia do Porto da Barra, em Salvador, iluminado pela luz amarelada do pôr do sol, um menino foi clicado sozinho na beira do mar. Mais ao fundo, Moreno está sentado em uma balaustrada junto a amigos e anônimos, quase irreconhecível em função da distância.

"Aquele menino lembra muito a minha infância. Essa é a praia a que eu fui a vida inteira. Foi ali que aprendi a nadar, saindo do colo da minha mãe [Dedé Gadelha] e indo para o colo do meu pai", conta ele, que nasceu em Salvador, mas mudou-se para o Rio aos três anos de idade.

As raízes baianas explicam, segundo Moreno, o ar de calmaria do trabalho. O músico voltou a viver em Salvador por um período, entre 2009 e 2012.

No fim do disco, no entanto, a tranquilidade vem do outro lado do mundo, do Japão, país em que Moreno já fez turnês e parcerias e onde saiu seu primeiro disco solo, o ao vivo "Solo in Tokyo" (2011), só lançado por lá.

Em "Onaji Sora" (o mesmo céu, em português), Moreno canta em japonês ao lado de Takako Minekawa, amiga japonesa que escreveu a letra.

A única quebra na tranquilidade do disco é o samba "Um Passo à Frente" que, assim como a romântica "Hoje", foi gravada em 2005 pela madrinha, a cantora Gal Costa.

Outra composição de Moreno que agora ele mostra na própria voz é "Lá e Cá", já registrada por Nina Becker nos discos "Vermelho" e "Azul".


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