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Fora de cartaz

Pôster de divulgação de filmes perde espaço nos cinemas, mas ganha sobrevida na internet e releituras criadas por artistas independentes

MATHEUS MAGENTA EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA" GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

Ele nasceu com o cinema, que ajudou a popularizar, e ganhou status de arte. Hoje, o pôster de filme é um personagem agonizante: vem sendo trocado por versões digitais nas salas de cinema e está definhando desde a extinção das locadoras de vídeo.

"O fim do pôster impresso é uma tendência", diz Adhemar Oliveira, diretor de programação do circuito Itaú, que desde 2013 substituiu cartazes físicos por digitais em seis espaços de exibição espalhados pelo país.

Hoje, salas de cinema relegam o pôster a uma versão menor exibida em pequenos monitores, com mais destaque ao horário das sessões do que ao conteúdo do cartaz.

Segundo Oliveira, a mudança otimiza o trabalho. "A distribuidora entrega a arte de forma digital e, na mesma hora, projetamos no país todo."

Para Cristiana Cunha, diretora de marketing da distribuidora Downtown Filmes, o público pede salas menos poluídas de propaganda e melhor iluminadas. "Eles querem um cinema mais elegante."

Cunha estima que nos dois últimos anos a produção de cartazes impressos tenha caído 15% -de 3.500 exemplares para 3.000 por filme.

Outro espaço que chegou a cogitar a opção digital, mas voltou atrás, foi o Belas Artes, cinema de rua que deve ser reaberto em julho em São Paulo. "O pôster tem tanta ligação com o cinema e justo o mais cinéfilo dos lugares não teria mais pôster impresso?", diz André Sturm, dono do local.

No novo espaço, diz ele, haverá quatro painéis para exposição de cartazes antigos.


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