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Animação brasileira leva os maiores prêmios de festival

Júri e público elegem o longa 'O Menino e O Mundo' em Annecy, na França

Evento, que terminou no sábado (13), é o mais importante do gênero no mundo e abre portas para disputa pelo Oscar

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

O longa-metragem de animação brasileiro "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, ganhou os dois principais prêmios no 38º Festival de Annecy, na França, e já é mencionado como eventual competidor pelo Oscar em 2015.

O filme levou prêmios do júri e do público na mostra francesa, evento de animação mais importante do mundo.

"Eu me acostumei a ir a festivais sem criar expectativas", afirma o diretor paulista. "Mas quando as pessoas começaram a me parar na rua, fiquei com a sensação de que pairava no ar uma vitória."

O filme de Abreu, que custou R$ 2 milhões, levou três anos para ser feito. A trama, contada com técnicas mistas --de colagem a giz de cera--, trata de um garoto que sai de casa em busca do pai em meio a um mundo fantástico.

Este é o segundo ano consecutivo que o Brasil vence o principal prêmio de Annecy. Em 2013, estreia do país no festival, o longa "Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi, saiu vitorioso.

"Tive reuniões com produtores que nunca imaginei que teria", diz Abreu, 42, que está em seu segundo longa. "O Menino e o Mundo" já passou por 30 festivais e levou 16 prêmios.

Em Annecy, o filme brasileiro desbancou o americano "Cheatin'", de Bill Plympton, o japonês "Giovanni no Shima", de Mizuho Nishikubo e outros seis.

"A decisão pelo filme do Alê foi unânime", diz Bolognesi, que fez parte do júri na edição deste ano. "Está acontecendo com a animação brasileira o que aconteceu com a bossa nova nos anos 1960."

A revista americana "The Hollywood Reporter" informou que a distribuidora Gkids, que comprou os direitos para vender "O Menino e o Mundo" nos EUA, deve iniciar campanha pelo Oscar de melhor longa de animação.

"Essa distribuidora teve filmes indicados nas três últimas edições. Mas ganhar é outra história: Annecy é arte, Oscar é indústria", afirma Abreu.

Em janeiro, "Uma História de Amor e Fúria" ficou entre os 19 finalistas a uma das cinco vagas entre os indicados ao Oscar de animação, mas não entrou na competição. "Bateu na trave", disse Bolognesi.


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