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Crítica - Drama

'Paixão Inocente' conta uma história de amor de forma delicada, mas previsível

DO CRÍTICO DA FOLHA

Casar, ter filhos, comprar uma casa, escolher uma profissão estável, em vez de uma sonhada. Essas são decisões que nós tomamos ou que outros tomam por nós (e que acabamos por aceitar)?

"Paixão Inocente", drama independente dirigido pelo norte-americano Drake Doremus, se propõe a levantar essa questão nada banal.

O protagonista é Keith Reynolds (Guy Pearce), professor de música em uma faculdade de um subúrbio americano, casado há 18 anos com uma mulher alérgica a sonhos e pai de uma adolescente. No começo do filme, ele parece antes resignado do que feliz com sua vida.

E, então, surge em cena a estudante de intercâmbio inglesa Sophie (Felicity Jones), que vai morar em sua casa e ter aulas com ele.

Além da beleza juvenil e do talento musical, ela carrega consigo as dúvidas existenciais típicas da adolescência --mistura irresistível para o insatisfeito Keith. Em três cenas, eles estão apaixonados.

A partir daí, os sonhos adormecidos de Keith são despertos: ele quer parar de dar aulas para ser músico de orquestra ou retomar sua banda, quer trocar o subúrbio por Nova York e, por que não, sua mulher americana por uma adolescente inglesa.

Por trás da história de amor entre um homem mais velho e uma mulher mais jovem, o conflito que "Paixão Inocente" encena é entre a convenção e a exceção, entre aceitar a norma ou confrontá-la.

Não é possível adiantar qual vai ser a resposta de Keith (embora o filme a telegrafe desde a primeira cena).

Mas a escolha do filme, infelizmente, é pela convenção, por contar sua história de maneira delicada e correta, mas sem correr riscos, sem driblar o previsível.


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