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Análise

Novo gênero é a virada paulista em cima do funk carioca

ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR COLUNISTA DA FOLHA

Daria para fazer uma resenha do álbum do MC Guimê -se ele tivesse um álbum. Porque Guimê é outra história, nasceu em 1992, geração web e YouTube, cultura em fragmentos.

Seus clipes já tinham dezenas de milhões de acessos, e ele já ganhava uma fortuna, muito antes do funk ostentação ser descoberto pela mídia tradicional.

O novo gênero é a virada paulista em cima do funk carioca, com escala na Baixada Santista.

Funk ostentação é um pacote, e é preciso abrir os horizontes para entendê-lo. Produção musical bem simples, letras simplórias e cheias de erros de português, vocais desafinados. Até surgir "País do Futebol", a música que está na novela, esse era o naipe do funk de SP.

Mas os fãs, claro, não estavam nem estão nem aí. Na internet, consomem os vídeos aos milhões. Lotam todos os shows. Só querem saber das letras com aspirações consumistas -carros, motos, tênis, roupas- e da batida lasciva (embora os versos do funk paulistano sejam, sexualmente falando, até ingênuos, se comparados ao que se faz no Rio).

Guimê canta agora na TV aberta, tem patrocínios corporativos, está patrão, o mundo é dele. Que aproveite enquanto dure.


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