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Séries épicas imitam 'Game of Thrones'

Sucesso de produção da HBO impulsiona narrativas históricas e dramas fantásticos com orçamentos grandiosos

Netflix começa a rodar em agosto 'Marco Polo', mistura de manobras políticas com intrigas sexuais e cenas de luta

SARAH HUGHES DO "GUARDIAN"

O sucesso da série da HBO "Game of Thrones", que domina atualmente as discussões culturais, tem causado a proliferação de dramas épicos de orçamento grandioso.

Alguns deles, como "Vikings", são narrativas históricas ambientadas num mundo brutal. As duas primeiras temporadas estão disponíveis pela plataforma de vídeo sob demanda Amazon Prime Instant Video.

Outros, como a adaptação da saga "Outlander", de Diana Gabaldon, que o canal a cabo americano Starz filma na Escócia, são narrativas fantásticas que nunca teriam sido feitas não fosse pelo sucesso de "Game of Thrones".

O produtor executivo de "Outlander", Ron Moore, reconheceu esse fato quando disse à revista "Entertainment Weekly" que "Game of Thrones' abriu a porta e mostrou que o material fantástico tem um público grande na TV paga".

Como a produção baseada nos livros de George R. R. Martin, os livros da série "Outlander" --misto viciante de viagens no tempo, épico histórico e romance--têm fãs devotos e geram grandes expectativas de que sua adaptação para a televisão possa virar fenômeno mundial.

"Outlander" já foi vendido para a Austrália, o Canadá e a Rússia. E um contrato para exibir o drama na TV no Reino Unido está perto de ser finalizado.

A Netflix está igualmente otimista em relação a seu drama épico "Marco Polo", que começará a ser rodado no Cazaquistão, na Itália e na Malásia em agosto. O italiano Lorenzo Richelmy vai protagonizar a minissérie em dez capítulos, cujo produtor executivo será Harvey Weinstein, em sua primeira investida em dramas para a televisão.

As primeiras descrições da minissérie prometem um misto de "manobras e traições políticas, batalhas espetaculares e intriga sexual" --soando um pouco como "Game of Thrones".

Não é fácil, contudo, emular o misto de drama e violência criado por David Benioff e D. B. Weiss. "The White Queen", programa cancelado pela BBC após uma temporada, apresentou uma combinação desastrosa de diálogos risíveis e seios arfantes.

Já a fantasia histórica "Da Vinci's Demons" é vista como divertida, mas kitsch demais para ser levada a sério, e "Black Sails", disponível na Amazon Prime, consegue o feito raro de fazer quantidades copiosas de sangue e vísceras serem entediantes.

"Crossbones", por sua vez, é mais uma farsa que um drama de prestígio, embora valha a pena dar uma olhada na série para ouvir o sotaque bizarro adotado por John Malkovich.

RESSALVAS

Nem todos estão convencidos de que "Game of Thrones" tenha aberto as comportas para uma enxurrada de dramas fantásticos. "É difícil achar um épico fantástico que já venha com uma base forte de fãs e seja tão complexo quanto este", diz Michelle Dean, do blog "Gawker".

Além disso, uma base forte de fãs nem sempre é garantia de sucesso. O presidente da HBO, Michael Lombardo, admitiu à revista "New York" que a emissora desistiu de adaptar a fantasia de Neil Gaiman "American Gods": "Apesar de gostarmos do livro e da ideia, não conseguimos encontrar o tom certo", disse.

Enquanto isso, quem curte as maquinações políticas de King's Landing, mas as preferiria sem dragões e zumbis do gelo pode esperar um presente para 2015: a versão do diretor britânico Peter Kosminsky para "Wolf Hall", livro premiado de Hilary Mantel, estrelada por Mark Rylance e Damian Lewis.


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