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Peça de terror ganha adaptação brasileira

'A Dama de Negro', em cartaz em Londres há 25 anos, é baseada no romance homônimo da britânica Susan Hill

Efeitos de luz e de som, alguns saídos do fundo da plateia, são responsáveis pelo clima de tensão do espetáculo

MARIA LUÍSA BARSANELLI DE SÃO PAULO

Em cartaz em Londres desde 1989, a peça "A Dama de Negro" ganhou neste ano sua primeira versão brasileira. Dirigida por Roberto Lage, a montagem pode ser vista no teatro Nair Bello.

O texto do inglês Stephen Mallattrat é uma adaptação do romance de terror homônimo de Susan Hill, de 1983. O livro virou filme em 2012, com Daniel Radcliffe como protagonista, e deve ganhar as telonas novamente no próximo ano com "The Woman in Black: Angel of Death" (a mulher de negro: anjo da morte, em tradução livre).

A história é centrada no jovem advogado Arthur Kipps. Em viagem a trabalho para a cidadezinha inglesa de Crythin Gifford, ele precisa comparecer ao funeral da senhora Drablow, uma antiga cliente de seu escritório, e organizar alguns documentos.

No entanto, a presença de uma estranha mulher vestida de negro passa a atormentar sua estadia no local.

Quando adaptou o livro para o teatro, Mallattrat --então dramaturgo residente do Stephen Joseph Theatre, em Scarborough (norte da Inglaterra)-- lidava com uma produção de baixo orçamento e com um prazo curto.

Para evitar o uso de grandes recursos técnicos e de um elenco numeroso, criou uma peça dentro de outra peça.

A trama vista no palco começa com um Kipps mais velho (vivido aqui por Ben-Hur Prado), que relata suas experiências a um jovem ator (papel de Josafá Filho) para exorcizar suas memórias. A partir disso, ambos interpretam quase todos os personagens (a atriz Gabriella Aly também está em cena).

O gênero de terror é pouco usual nos palcos, mas Lage prefere deixar de lado essa classificação. "Eu não considero a nossa montagem uma peça de terror, mas, sim, um espetáculo com algum suspense e que dá medo", diz.

De fato, o trabalho não provoca sustos arrebatadores, mas cria um clima de tensão. Quase não há música na peça, os efeitos sonoros são usados em peso.

É o som, acompanhado pela luz, que o diretor considera "o maior protagonista do espetáculo". Muitos dos barulhos sombrios, aliás, saem do fundo da plateia --para isso, foi preciso usar uma mesa de som especial.


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