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Crítica - Drama

'O Céu É de Verdade' enfatiza a doutrina cristã em vez de cinema

COM POUCOS ATRATIVOS, FILME PREGA AOS CONVERTIDOS. AOS CÉTICOS, PARAÍSO VAI PARECER CURIOSAMENTE LISÉRGICO

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

Como na maior parte do cinema doutrinário recente (que vai dos filmes evangélicos americanos aos espíritas brasileiros), a ênfase de "O Céu É de Verdade" recai sobre a palavra "doutrina", não sobre a palavra "cinema".

Ou seja, seus realizadores parecem mais interessados em evangelizar seu público do que em entretê-lo.

Adaptado do best-seller de mesmo nome, "O Céu É de Verdade" reconta a história real de um menino de 4 anos que, após quase morrer em uma cirurgia de emergência, afirma ter sido levado ao céu e encontrado Jesus.

A princípio, ninguém acredita em seu relato. E mesmo seu pai, Todd Burpo (Greg Kinnear), um pastor de uma pequena cidade de Nebraska, coloca em xeque sua fé.

Mas, à medida que o garoto começa a dar informações sobre pessoas mortas que ele não conheceu, Todd passa aos poucos a acreditar no filho e a divulgar seu caso na imprensa.

O percurso que o filme propõe ao espectador é o mesmo do pai: da dúvida à fé. No caminho, muitas lágrimas, mas poucos conflitos --já que a pergunta do filme está respondida já em seu título.

Com poucos atrativos cinematográficos, "O Céu É de Verdade" prega aos convertidos.

Aos céticos, o paraíso vislumbrado pelo garotinho vai parecer curiosamente lisérgico ("Jesus anda em um cavalo com as cores do arco-íris!").

Esses talvez saiam do filme com uma dúvida mais terrena: "Onde é possível encontrar a droga que os médicos deram ao menino?"


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