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Crítica TV

Manual de instruções do novo formato foi mal traduzido

MAURICIO STYCER DO COLUNISTA DA FOLHA

Em diversos momentos ao longo de sua primeira temporada, "SuperStar" pareceu um ensaio, não um programa pronto.

O público, pode-se dizer, foi uma espécie de cobaia, a quem coube testar um formato novo, cujo manual de instruções, aparentemente, não foi bem traduzido.

Só isso explica a quantidade de erros e problemas do show de talentos hi-tech exibido pela Globo desde abril. Comprado de uma TV israelense, prometia uma revolução: o voto do público, por meio de um aplicativo em smartphones e tablets, definiria os melhores.

A falha do aplicativo na estreia comprometeu duramente a imagem do programa, mas o pior ainda estava por vir. Os jurados escolhidos para avaliar as bandas, Ivete Sangalo, Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto, produziram momentos de humor involuntário, mas pouco saber musical.

Fernanda Lima não teve o jogo de cintura necessário para apresentar um programa ao vivo, sujeito a imprevistos. Atores da Globo fizeram figuração sem sentido algum, a não ser chamariz de audiência.

A dinâmica do "SuperStar" também se revelou mal planejada. A primeira fase ocorreu muito rapidamente, com a eliminação de dúzias de grupos. Já a fase final se alongou muito além do necessário. Numa certa noite, dez bandas se apresentaram para concluir com a eliminação de apenas uma. Esse ritual se repetiu por semanas.

Perder seguidamente para Silvio Santos nas noites de domingo foi uma das consequências desta sucessão de equívocos.

Espero que os maus resultados não inviabilizem a prometida segunda temporada. Gostaria de ver o programa pronto, de verdade, e não esta versão inacabada que a Globo exibiu em 2014.


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