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Gregory Peck faz vilão no volume 10 da Coleção Folha
Livro-DVD com o faroeste 'Duelo ao Sol' chega às bancas neste domingo
Ator faz par romântico com Jennifer Jones, vencedora de um Oscar e indicada ao prêmio pelo papel neste filme
Em "Duelo ao Sol", filme da Coleção Folha Grandes Astros do Cinema que vai às bancas neste domingo (13), não espere ver Gregory Peck como um herói cheio de caráter, papel recorrente na sua filmografia.
É justamente o contrário. No western de 1946, o ator faz um vilão antipático e criminoso, envolvido numa paixão selvagem por uma mulher indomável.
Ela é Pearl Chavez, interpretada por Jennifer Jones, que havia vencido o Oscar de melhor atriz por "A Canção de Bernadette" (1943), seu primeiro papel no cinema, e ganha nova indicação ao prêmio pelo papel.
A paixão entre os personagens é reforçada pelo tom de melodrama e pelo uso intenso de cores, opções estéticas do produtor David O. Selznick, que, em 1939, havia produzido "...E o Vento Levou".
O sucesso do longa sobre o ocaso da sociedade escravocrata do sul dos Estados Unidos, personificada na história de Scarlett O'Hara, deu bala e credibilidade a Selznick, que tentou reproduzir a grandeza daquele filme em "Duelo ao Sol".
O longa abre uma série de faroestes na carreira de Peck. Nos anos seguintes, viriam "Céu Amarelo" (1948), "O Matador" (1950) e "Da Terra Nascem os Homens" (1958). Em comum, eles revelam a aptidão do ator para tipos que exigiam bom físico.
Mas Peck era claramente muito mais que isso. Por "O Sol É para Todos", filme de 1962, ele finalmente ganhou o Oscar de melhor ator, após ter sido indicado quatro vezes em anos anteriores.
Para além dos Estados Unidos, a carreira de Peck foi premiada pelas academias de cinema da França e da Itália, além dos festivais de Cannes, Berlim e San Sebastián.
