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Darín reflete sobre seus erros em entrevista

O ator argentino é o 1º convidado de nova temporada do programa 'Sangue Latino'

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Sentado na sala de casa, o ator Ricardo Darín diz que já cometeu muitos erros na vida. E que detesta a ideia de não poder errar.

O argentino também revela seu pensamento sobre utopia, morte e amor na entrevista que abre a quinta temporada de "Sangue Latino" nesta quarta (23), às 21h30, no Canal Brasil.

É proposital, no programa apresentado por Eric Nepomuceno e dirigido por seu filho, Felipe, levar o entrevistado a caminhos menos explorados em outras atrações do gênero.

"Não é uma entrevista. É uma conversa onde quero colocar o espectador na mesa comigo. Não me interessa qual é seu próximo disco, quantos livros você vendeu. Eu quero saber como você é", diz Eric Nepomuceno, que não rebate o entrevistado, praticamente só deixa fluir as respostas. Interessam a ele "mentes inquietas" de qualquer profissão.

Deixando as conversas com essa liberdade, não são poucas as vezes em que a própria equipe da produção se surpreende com os entrevistados, segundo o diretor.

Foi assim com Darín. "Era uma casinha muito simples. Até chequei esse endereço. Havia uma van parada na porta, e o pessoal estava descarregando. Tinha um cara inclinado dentro do carro, achei que era o eletricista e falei: Hola! Hola, es aquí?'. O cara virou e falou: Es, mucho gusto'. Era o Ricardo Darín", conta Eric.

O apresentador ficou encantado com a casa de bom gosto e sem luxo e com a postura do ator.

O diretor do programa conta ainda que houve um apagão durante a entrevista e o próprio Darín foi até a caixa de luz e resolveu o problema. "Ele foi muito generoso", diz.

Em quase todas as edições, os entrevistados leem trechos de livros. Dessa vez, Darín escolheu "Cem Anos de Solidão" e "A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada", ambos de Gabriel García Márquez (1927-2014). "A gravação foi feita um dia após a morte do escritor", afirma o diretor.

ENTREVISTADOS

Nesta temporada, pela primeira vez o entrevistador foi ao Chile, onde conversou com o ex-jogador de futebol Carlos Caszely, que se recusou a cumprimentar o então ditador Augusto Pinochet numa cerimônia esportiva, e com a jornalista Marcia Scantlebury, torturada na repressão.

Também foi pela primeira vez a Recife, onde gravou com o escritor Ariano Suassuna. "O Suassuna recitou um poema inteiro do padre [António] Vieira. Foi lindo", diz Felipe.

Outros nomes nesta temporada são o músico argentino Fito Paez, o cineasta chileno Pablo Larraín (de "No") e os atores Dira Paes e Wagner Moura, este o convidado do segundo episódio.

"Sangue Latino" segue em temporada até 14 de janeiro.


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