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Saga 'Planeta dos Macacos' volta com ousadia estética

Novo filme, protagonizado pelo ator Andy Serkis, quase não tem diálogos

Após 'A Origem' (2011), ator inglês interpreta novamente o símio Cesar, líder de revolução contra os humanos

RODRIGO SALEM COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

Ele é um dos personagens mais marcantes de "O Senhor dos Anéis", o protagonista de "King Kong" e foi convidado para participar de "Star Wars "" Episódio 7". É também a estrela de "O Planeta dos Macacos: O Confronto", que estreia nesta quinta-feira (24) nos cinemas brasileiros.

Apesar do currículo invejável, ele pode andar pelas ruas sem ser reconhecido. Isso porque o inglês Andy Serkis, 50, sempre está por baixo de uma "maquiagem digital" interpretando algum personagem usando a técnica de captura de performance.

O processo consiste em colocar o ator nas filmagens com o corpo coberto de microssensores capazes de registrar sua atuação nos mínimos detalhes para depois ser coberta por efeitos especiais.

"Tirando o fato de não usar figurino e maquiagem tradicionais, o processo é o mesmo: você toma decisões dramáticas, o diretor guia sua atuação, corta o filme e cria sua performance com a edição", conta Serkis à Folha.

"Quando me perguntam sobre uma categoria separada no Oscar para captura de performance, eu sempre digo que sou contra, porque não faço distinção entre os métodos", diz.

O longa que estreia agora se passa dez anos depois de "Planeta dos Macacos: A Origem", de 2011, introdução de Rupert Wyatt ao filme "O Planeta dos Macacos", dirigido por Franklin J. Schaffner em 1968.

Em "O Confronto", Serkis interpreta novamente Cesar, um macaco evoluído que lidera uma revolução contra os humanos. No papel, ele passa mais emoção como símio do que muitos atores em papéis "normais".

CONFLITO

Após uma gripe símia dizimar os seres humanos, a comunidade de macacos liderados por Cesar entra em contato com pessoas sobreviventes pela primeira vez.

Não demora muito, porém, para humanos e macacos entrarem em conflito.

"Há uma ideia de utopia, mas quebrada de forma violenta. Não tratamos os humanos como vilões e não tomamos o lado dos macacos. Os dois lados têm necessidades e complicações", diz Andy Serkis, que passou meses estudando uma gorila no zoológico de Londres antes de fazer "King Kong" (2005).

Além dele, mais quatro atores vivem macacos membros de sua comunidade.

Toby Kebbell é Koba, símio que deseja um confronto violento contra os últimos humanos, Karin Konoval vive Maurice, um orangotango sábio, Terry Notary é um chimpanzé derrotado por Cesar no primeiro filme, e Judy Greer interpreta Cornelia, mulher de Cesar e mãe de seus filhos.

O filme, que custou US$ 170 milhões (R$ 377,4 milhões), é esteticamente ousado: em boa parte de suas pouco mais de duas horas não há diálogos tradicionais. Os macacos, gorilas, chimpanzés e orangotangos digitais se comunicam por meio de gestos e raras palavras humanas.

Segundo o diretor Matt Reeves ("Cloverfield - Monstro"), os temas de "A Origem", como relações familiares, direitos civis e preconceito, continuam presentes em "O Confronto". "Só fizemos amplificá-los na continuação", afirma.


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