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Crítica - Ficção científica

Símios do filme são ridículos e humanos são pouco melhores

O DIRETOR MATT REEVES ESTÁ PERDIDO EM MEIO A TANTOS EFEITOS ESPECIAIS

SÉRGIO ALPENDRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em "Planeta dos Macacos "" O Confronto", temos mais uma amostra de que a tecnologia, que costumava andar de mãos dadas com a evolução da linguagem cinematográfica, agora está destruindo o cinema.

Quando uma gripe símia acaba com o que chamamos de civilização, os sobreviventes, imunes ao vírus, procuram reestabelecer a geração de energia e sair das trevas. Para isso, precisam reativar uma represa localizada numa área dominada por macacos.

Como de hábito, há macacos do bem e macacos do mal, assim como bons e maus humanos. Resta saber que lado prevalecerá. Como se trata de um filme hollywoodiano dos mais previsíveis, não é difícil adivinhar.

Matt Reeves, diretor que havia demonstrado qualidades em "Cloverfield "" Monstro" (2008) e em "Deixe-me Entrar" (2010), está completamente perdido em meio a tantos efeitos especiais.

Notamos, de início, a mania de fazer com que os macacos desenhados por computadores a partir de interpretações dos atores (na técnica chamada de captura de performance) comportem-se como humanos, com expressões faciais de um Laurence Olivier (1907-1989) digitalizado. Convenhamos: é ridículo.

Com os humanos a coisa não é muito melhor. Gary Oldman está no piloto automático e Jason Clarke, que não é mau ator, está num tom equivocado, sobretudo nos confrontos internos entre os sobreviventes.

O mesmo podemos dizer da atuação de Keri Russell, a Felicity, da série televisiva homônima criada --vejam só!-- por Matt Reeves. Sempre num tom meloso, a atriz pode levar o espectador a uma overdose de sacarose.


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