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Crítica - Música clássica

Pianista russo mostra técnica apurada no Festival de Inverno

SIDNEY MOLINA CRÍTICO DA FOLHA

Quem viu o pianista russo Kirill Gerstein tocar o "Estudo para a Mão Esquerda" de Felix Blumenfeld (1863-1931) como bis há uma semana na Sala São Paulo percebeu que tinha uma razão a mais para subir a serra até Campos do Jordão (181 km de São Paulo) e vê-lo em recital solo no Festival de Inverno.

Para além da impecabilidade técnica, é seu amor pelo piano que nos carrega para dentro das obras. Mas a outra razão para estar no seu recital de terça-feira (22), no auditório Cláudio Santoro, era o programa.

A primeira parte teve o "Andante em Fá Menor" de Haydn (1732-1809) e as 28 variações nas quais Brahms (1833-97) virou do avesso um célebre tema de Paganini (1782-1840); e, depois do intervalo, as fricções pré-impressionistas dos "Quadros de uma Exposição", de Mussorgsky (1839-81).

Um pouco mais cedo, no simpático Espaço Cultural Dr. Além, o Studio PANaroma de música eletroacústica, dirigido pelo compositor Flo Menezes, levou a música de vanguarda para um atento público predominantemente não especializado.

O fio condutor do concerto foi o tema renascentista "Mille Regretz", de Josquin des Prez (1440-1521), exibido em duas versões antes de se "reverter" em "Contrafacta", obra do próprio Menezes para quinteto de metais e eletrônica.

A peça alterna trechos em que os acontecimentos são livres no tempo com outros rigidamente estruturados (destaque para o belo solo de trombone de Carlos Freitas). Fechou um programa que teve também obras de Berio, Kalantzis e Kafejian.


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