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Documentários e ficção disputam mesmo prêmio

Mistura de gêneros na final do festival de Paulínia é criticada por diretor

Para Rubens Ewald Filho, curador da competição, o favorito é 'Infância', obra de Domingos de Oliveira

GUILHERME GENESTRETI ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

O Festival de Cinema de Paulínia chega ao fim neste domingo (27) com a disputa do prêmio de melhor filme dividida entre diferentes gêneros do cinema brasileiro.

A seleção das nove produções que concorrem à principal honraria inclui dois documentários ("Aprendi a Jogar com Você" e "Neblina"), um drama social ("Casa Grande") e dois longas da tradição pernambucana ("Sangue Azul" e "A História da Eternidade").

Completam a lista um docudrama experimental ("Castanha"), um filme de diretor consagrado ("Infância", de Domingos Oliveira), outro de apelo mais pop ("Boa Sorte") e até um musical ("Sinfonia da Necrópole").

Na opinião de Rubens Ewald Filho, curador da mostra competitiva, o favorito é "Infância", obra semiautobiográfica que traz Fernanda Montenegro no papel de protagonista. "Acho muito difícil que os jurados não se envolvam com o longa. E Fernanda é Fernanda", justifica.

Mas a depender do burburinho no Theatro Municipal da cidade, onde são feitas as exibições, o mais esperado é "Sangue Azul", filme dirigido por Lírio Ferreira, o mesmo de "Árido Movie", após nove anos sem produzir ficção.

O mais pop da seleção, "Boa Sorte" é protagonizado por Deborah Secco, que vive uma paciente psiquiátrica com pouco tempo de vida e que se apaixona por um adolescente. O filme dirigido por Carolina Jabor, filha de Arnaldo Jabor, tem roteiro do diretor gaúcho Jorge Furtado ("Meu Tio Matou um Cara").

Entre os jurados estão a diretora Anna Muylaert ("É Proibido Fumar") e Renata de Almeida, diretora da Mostra de Cinema de São Paulo. Ao todo, as produções concorrerão em 20 categorias cujos vencedores receberão, juntos, R$ 800 mil em prêmio.

COVEIROS CANTORES

"No embalo da minha pá/eu cavo a minha terra", canta em ritmo de sambinha um dos coveiros do filme "Sinfonia da Necrópole". O longa da paulista Juliana Rojas, uma comédia musical passada dentro de um cemitério, é provavelmente o concorrente mais inusitado da seleção.

"Achei interessante a ideia do contraste entre o gênero e o cenário, até porque eu nunca vi o cemitério como um lugar pesado", afirma Rojas.

"Tinha de ser uma crônica com humor e os números musicais ajudavam a tratar o assunto de forma didática."

O filme, com canções pré-gravadas e números coreografados, arrancou gargalhadas da plateia na quarta (23).

Correndo por fora estão dois documentários: "Neblina", da dupla de estreantes Daniel Pátaro e Fernanda Machado, e "Aprendi a Jogar com Você", de Murilo Salles.

Salles reclama da mistura de gêneros na mesma competição. "Não tem nada a ver. O documentário fica em desvantagem pela precariedade".

Ewald Filho afirma que incluir os dois gêneros sempre foi o padrão em Paulínia. "Não houve tempo para discutir esse critério".


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