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Tango leva a melhor em noite de gala do festival de Joinville

Coreografia de Luis Arrieta foi apresentada por dez bailarinos do Balé da Cidade de SP

IARA BIDERMAN ENVIADA ESPECIAL A JOINVILLE

Atração da noite de gala do Festival de Dança de Joinville, o Balé da Cidade de São Paulo se apresentou na segunda (28) com três coreografias bastante diferentes entre si, reforçando o mantra de diversidade repetido pela organização do evento.

As coreografias apresentadas ("Uneven", "BandOnéon" e "Cantata") são quase novidades do repertório da companhia paulistana.

"Cantata" e "BandOnéon" estrearam neste ano, em janeiro e maio, respectivamente, e "Uneven" no ano passado. A última, criação do catalão Cayetano Soto, abriu a noite em Joinville.

"Uneven" é a obra mais abstrata das três e quase minimalista com seu figurino em preto e branco e cenário criado pelos holofotes.

Em cena, os bailarinos em duplas ou solos criam imagens geométricas, com movimentos que vão ao limite do desequilíbrio dos corpos.

Em "Uneven", Soto usa a técnica clássica para criar uma dança contemporânea.

"O público do festival tem grande interesse pelo clássico e a discussão de como criar coisas novas a partir dessa técnica é um tema presente", diz Iracity Cardoso, diretora do Balé da Cidade e uma das curadoras do festival.

A segunda coreografia da noite, "BandOnéon", é a criação mais recente do coreógrafo argentino Luis Arrieta, feita especialmente para a companhia paulistana a partir do "Concerto para Bandonéon", de Astor Piazzolla (1921-1992).

No espetáculo, um bando de dez homens dança um tango que surpreende ao voltar às origens.

"O tango começou com homens dançando nos bares, marginais dançando na rua, custou muito para entrar nos salões", diz Iracity Cardoso.

Ela considera a dança só com homens muito estimulante. "O preconceito em relação aos homens no balé diminuiu, mas ainda é grande. Assistir a essa dança masculina pode ser um estímulo a todos esses meninos que vêm competir no festival."

"BandOnéon" foi a coreografia mais aplaudida pelas 4.000 pessoas que lotaram o Centreventos Cau Hansen, palco das principais atrações do festival.

A noite fechou com "Cantata", do italiano Mauro Bigonzetti. A coreografia, montada originalmente pelo Ballet Gulbenkian, de Portugal, celebra a influência da imigração italiana e da cultura mediterrânea.


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