Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cinema brasileiro vai à Suíça para atrair investimento

Produção nacional recente é um dos destaques do Festival de Locarno, que começa nesta quarta-feira (6)

Evento, que chega à 67ª edição, é uma das principais mostras internacionais de filmes de autor

LUCAS NEVES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

O Brasil despacha nesta semana para a Suíça uma delegação com 50 pessoas e uma só missão: a de aumentar a visibilidade dos filmes nacionais no exterior.

Diretores, produtores, programadores de festivais e representantes da Ancine (Agência Nacional do Cinema) e do programa Cinema do Brasil (que visa justamente incentivar a exportação dos títulos que levam essa bandeira) vão a Locarno para a 67ª edição do festival local.

Trata-se do segundo mais antigo evento desse tipo no mundo, só perdendo para o festival de Veneza.

Locarno é, também, uma das principais programações da "liga" de mostras, logo abaixo em importância da santíssima trindade dos encontros de cinema de autor (Cannes, Veneza, Berlim).

O Brasil esteve ausente mais uma vez em 2014 das principais mostras competitivas de Cannes e Veneza.

O evento de Locarno, que tem início nesta quarta (6) e vai até o dia 16, ajudou a revelar no passado nomes como os americanos Spike Lee ("Faça a Coisa Certa"), Paul Thomas Anderson ("O Mestre") e Kathryn Bigelow ("Guerra ao Terror").

O chinês Jia Zhang-ke ("Em Busca da Vida") e o alemão Fatih Akin ("Do Outro Lado") são outros diretores que se projetaram ali.

Para completar, o marco zero da nouvelle vague francesa, "Nas Garras do Vício" (1958), de Claude Chabrol, teve em Locarno uma de suas primeiras exibições públicas.

A comitiva brasileira espera que esse pedigree se converta em negócios e convites envolvendo produções nacionais. O país é o centro das atenções da seção Carte Blanche, em que sete longas-metragens em finalização serão mostrados a compradores e curadores estrangeiros.

Na lista estão os mais recentes trabalhos de Anna Muylaert (de "É Proibido Fumar") e Roberto Berliner (diretor de "A Pessoa É para o que Nasce").

Além disso, há cinco filmes nacionais na competição principal ("Ventos de Agosto", primeira ficção de Gabriel Mascaro, de "Doméstica") e na rubrica reservada a obras experimentais ("Com os Punhos Cerrados", de Ricardo Pretti, Pedro Diógenes e Luiz Pretti).

Os curtas "O Bom Comportamento", de Eva Randolph, e "Poder dos Afetos", de Helena Ignez, reforçam o escrete brasileiro, ao lado de uma projeção especial de "Copacabana Mon Amour" (1970), do diretor Rogério Sganzerla (1946-2004), que foi marido de Ignez.

Há ainda uma coprodução com o Uruguai "Los Enemigos del Dolor" (os inimigos da dor).

JÚRI

Na ala dos júris, a atriz Alice Braga ajudará a definir o vencedor do Leopardo de Ouro, o prêmio máximo do festival, enquanto o diretor Helvécio Marins Jr. ("Girimunho") avaliará os curtas.

Ao todo, são 275 filmes que participam da mostra, dentre os quais os novos de Pedro Costa (de "Juventude em Marcha") e Lav Díaz (de "Melancholia").


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página