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TV é cruel com ator infantil, diz cineasta

Diretor de 'O Menino no Espelho', Guilherme Fiúza Zenha quer crianças sem alegria pronta ou 'voz bonitinha'

Inspirado em livro de Fernando Sabino, filme é protagonizado por garoto brasileiro de 'Game of Thrones'

GIULIANA VALLONE DE SÃO PAULO

Para escolher o protagonista do filme infantojuvenil "O Menino no Espelho", o diretor Guilherme Fiúza Zenha, 45, decidiu que não queria trabalhar com atores mirins.

A ideia soa estranha ao se considerar que o longa, inspirado no romance homônimo de Fernando Sabino, é centrado na história de um menino de dez anos de idade.

"Não gosto muito da expressão ator mirim' nem da profissão", afirma Zenha.

Fiúza explica que crianças com experiência profissional tendem a apresentar vícios da profissão, como um tipo de alegria pronta ou uma voz "sempre bonitinha".

"São vícios criados pela televisão, a mais cruel para a formação do ator quando criança", diz.

Após uma seleção com 4.000 crianças de Minas Gerais, Rio e São Paulo, Fiúza e escolheu um protagonista: o ator Lino Facioli, à época com 12 anos.

O que o fez mudar de ideia? Criado na Inglaterra desde os 4, Lino, diz Fiúza, não tem os "arquivos" da atuação brasileira gravados, diz.

De fato, o menino, que está no elenco série-febre mundial "Game of Thrones", não imita os clichês de crianças celebridades.

A entrevista à Folha, feita por telefone, foi acompanhada de perto pela mãe, Claudia, que o ajuda a se lembrar das palavras em português.

Em "O Menino", ele interpreta dois personagens. O menino Fernando e seu reflexo no espelho, Odnanref.

Lino, hoje com 14 anos, gagueja um pouco e diz menos frases prontas sobre a interpretação do personagem, embora não consiga fugir totalmente delas.

"O filme foi um marco para a minha vida e minha carreira", diz, simpático, quando, por fim, entra no script.


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