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Inácio Araujo publica coletânea de contos guardados há 20 anos

No livro 'Urgentes Preparativos para o Fim do Mundo', crítico da Folha escreve em tom de mistério e maravilha

Publicada pela Iluminuras, obra será lançada nesta quinta (7) na Livraria da Vila, em São Paulo

ALAN SANTIAGO DE SÃO PAULO

Um homem tenta curar feridas que se espalham pelo corpo, um anão relembra encontro em sonho com Deus, um prisioneiro sem memória busca entender sua reclusão, Kafka quer mudar de nome.

Assinadas por Inácio Araujo, essas histórias estão espalhadas pelo livro de contos "Urgentes Preparativos para o Fim do Mundo", que o crítico de cinema da Folha lança nesta quinta (7), às 18h30, na Livraria da Vila (r. Fradique Coutinho, 915, São Paulo).

A obra é fruto de uma redescoberta: sete das 13 narrativas ficaram guardadas por 20 anos até serem resgatadas em 2007. Então, ele retomou os textos para burilá-los, acrescentou histórias e transformou no livro que está sendo lançado hoje.

Em 1987, quando as primeiras histórias foram esboçadas, Araujo havia acabado de lançar o romance "Casa das Meninas", que lhe rendeu o prêmio de autor revelação pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

Mas, na época, os filmes lhe roubaram o tempo de escrita, dedicado às críticas no jornal. Só há cerca de sete anos é que se reaproximou da literatura.

O novo encontro significou uma distância de seus primeiros escritos. "Casa das Meninas' nascia originalmente como roteiro. Agora não tenho esse vínculo. São histórias com existência mental e por isso mesmo muito difíceis de serem absorvidas pelo cinema", diz o autor.

Entre permanências e rupturas com o passado, escreveu um livro que traz "personagens que buscam se afirmar pela palavra, contando os próprios dramas", diz.

Segundo o autor, são personagens desamparados diante do excesso de informação e que vivem, em muitos casos, situações violentas.

"Num mundo cheio de histórias reais', como encontrar a ficção que se distingue como verdade?", questiona.

Há também um tom de mistério que perpassa todos os contos --mesmo os mais bem-humorados. Araujo afirma que a influência vem de Franz Kafka e de argentinos como Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e Julio Cortázar.

"Os contos são histórias cotidianas ou aventuras maravilhosas. Eu entrei mais no registro da maravilha e da aventura indecifrável", diz.


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