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Crítica - Rock

Os Mutantes vão do genial ao nem tanto em sete CDS

Caixa reúne os seis primeiros álbuns, com Rita Lee, e disco de raridades

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

"Os Mutantes", caixa recém-lançada com sete CDs, aparece como a coleção definitiva da celebrada banda que Rita Lee e os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias formaram na metade dos anos 1960.

A classificação "definitiva" implica aceitar que a banda "que importa" era a da fase de 1968 até 1972, enquanto o trio original se manteve unido.

Assim, a compilação não inclui a fase progressiva dos anos 1970, só com Sérgio, e a retomada da banda em 2006, sem Rita, que dividiu fãs em entusiasmo e rejeição.

Musicalmente, o corte proposto na caixa faz sentido. A genialidade dos Mutantes foi mostrada nos discos iniciais.

Lançá-los reunidos permite uma revisão geral do período. Quando se analisa apenas um desses álbuns, vem à cabeça que se trata de uma obra-prima. Mas, na comparação entre eles, há maravilhas e deslizes.

É evidente que os Mutantes, com sua mistura de música brasileira com psicodelia --que pode ser traduzida como um tropicalismo 2.0--, estão anos-luz à frente do que se produziu no rock nacional, antes ou depois deles.

"Os Mutantes" (1968), a estreia do grupo, e "A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado" (1970), seu terceiro disco, são incontestáveis.

Entre os dois, "Mutantes" (1969), carrega muito na experimentação em cima de um repertório menos intenso.

Os três álbuns seguintes mostram uma queda na inventividade.

A caixa traz um CD bônus, "Mande um Abraço pra Velha", que é um deleite de raridades. Entre elas, as faixas do compacto duplo "Caetano Veloso e os Mutantes" (1968).

Principalmente pela produção do trio nos anos 1960, o box é imperdível.


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