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Crítica - Comédia

Piadas toscas e falta de sutileza não levam filme a lugar algum

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A milionária arrecadação obtida pela comédia "Professora sem Classe" (2011) levou os mandachuvas de Hollywood a requentarem a receita, reunindo novamente os atores Cameron Diaz e Jason Segel com o diretor Jake Kasdan, em mais uma farsa medíocre e grosseira.

Depois de um rápido e tórrido namoro, os priápicos Annie (Diaz) e Jay (Segel) se casam. Anos mais tarde, com dois filhos e uma vida estressante, a trepidante vida sexual é apenas uma distante lembrança.

Para reavivar a chama, os dois tentam algumas estratégias --sem sucesso--, até que decidem fazer um vídeo caseiro de três horas reproduzindo todas as posições sexuais de um livro. Por acidente, o filme é armazenado na nuvem e fica disponível a todos os tablets conectados à rede de Jay.

A segunda metade do filme mostra as peripécias do casal, demasiado rocambolescas para serem verossímeis e minimamente engraçadas, para sair da enrascada e encontrar os tablets de amigos, parentes e colegas de trabalho. O merchandising da Apple é onipresente.

As peripécias são tantas que muitas vezes nem nos lembramos mais do que provocou tudo aquilo. A longuíssima cena em que um pastor alemão persegue Jay em uma mansão o demonstra à perfeição. O filme se enreda em um labirinto e se perde completamente: o espectador fica alheio àquela balbúrdia.

Com seu humor tosco e incidentes em cascata, o filme não vai a lugar algum. A dupla de atores não consegue sair do registro exagerado, enquanto o artificialismo também dá a tônica da direção de Kasdan, que não prima pela sutileza.


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