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Crítica - Comédia

'Mercenários' mira na ação e acerta no humor

Terceiro filme que reúne veteranos de pancadaria foca duelo entre o herói Sylvester Stallone e o vilão Mel Gibson

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Não é fácil enquadrar a franquia "Os Mercenários" em um gênero. Um bando de heróis truculentos matando quem aparecer pela frente em suas missões costuma se encaixar em "ação" ou "aventura", mas acaba se tornando, involuntariamente, comédia.

"Os Mercenários 3", que estreia nesta quinta (21) no Brasil, repete a fórmula dos primeiros: reunir canastrões de filmes de ação, notadamente dos anos 1980, em um pelotão comandado por Sylvester Stallone, 68.

Se já era difícil levar a sério suas "proezas" quando eram jovens, muito pior agora.

É John Rambo conduzindo os colegas ao triunfo em missões suicidas --e os reconduzindo às boas bilheterias.

Boas mesmo. Os dois primeiros filmes arrecadaram R$ 450 milhões nos EUA, e este fez cerca de R$ 40 milhões no fim de semana de estreia. Com roteiros que parecem rejeitados da série "Rambo".

Stallone é Barney, que reúne ex-parceiros para agir a serviço de quem pagar bem, mas sem perder a integridade moral que caracteriza os heróis.

A cada filme, ele convoca mais astros decadentes para suas fileiras. Dois estão com Stallone desde o começo: Jason Statham (inglês que é o caçula da turma, com 47 anos) e Dolph Lundgren, 56, o russo Drago que trocava tabefes com Rocky Balboa.

Na estreia, fizeram companhia a eles Jet Li, 51, e Mickey Rourke, 61. No segundo filme, a turma ganhou quatro pesos-pesados de bilheteria: Chuck Norris, 74, Jean-Claude van Damme, 53, Bruce Willis, 59, e Arnold Schwarzenegger, 67.

Agora, os arregimentados são Harrison Ford, 72, Wesley Snipes, 52, Antonio Banderas, 54, e Mel Gibson, 58. Sem um bom diretor para controlá-los --Patrick Hughes é um novato--, a canastrice impera.

Gibson é o pior. Cabe a ele o papel de Stonebanks, ex-amigo de Barney que volta para se vingar. O ator empresta ao personagem um ar alucinado, espécie de versão vilanesca do herói Martin Riggs de "Máquina Mortífera".

O vilão sequestra jovens soldados tutelados por Barney, que reúne os velhos companheiros para o resgate. Entre os capturados está a presença feminina do filme, Ronda Rousey, à vontade na pancadaria --é lutadora de MMA.

As piadas do roteiro continuam infames, sempre brincando com as condições físicas precárias dos velhinhos e sua incapacidade de lidar com novas tecnologias.

Depois de quase duas horas de explosões e tiroteios, Stallone e Gibson vão dar o que a plateia quer: uma briga mano a mano. Como sempre faziam em seus filmes. Uma sessão nostálgica para quem é pouco ou nada sensível.


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