Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Empresário busca em Londres projetos de salas

Facundo Guerra visitou 32 espaços na cidade à caça de referências para aplicar em SP

GIULIANA VALLONE DE SÃO PAULO

O empresário Facundo Guerra decidiu mergulhar no mundo do cinema. Em junho, anunciou parceria com André Sturm, dono do recém-reformado Cine Belas Artes, para a abertura, no local, da sala Drive-in Riviera, misto de restaurante, bar e sala de cinema cuja inauguração está prevista para janeiro.

Em busca de referências, decidiu ir a Londres, que abriga 42 salas de cinema independentes das grandes redes.

"Começou com um incômodo. As pessoas não conseguem mais passar duas horas em uma sessão de cinema sem olhar o celular. Sou da geração que espera aquela relação de transe com a tela. E esse tipo de consumo está ficando obsoleto", diz.

Entre os melhores projetos londrinos, ele destaca o Power of Summer, em que a exibição de filmes é feita em uma usina termelétrica desativada, o "Cinema Secreto", uma experiência de várias horas, e o Floating Cinema, com o filme projetado em um barco que navega pelo rio Tâmisa.

Visitou 32 salas em dez dias. "Eles começaram a misturar drinques, restaurante, show, teatro. É um cruzamento de experiências em que o cinema é só um fio condutor."

As ideias que teve na viagem começam a ser postas em prática. Em novembro, terá inicio o Cinestesia, que juntará, na casa noturna Cine Joia, música e filmes. A programação, aos domingos, inclui a exibição de dois longas e show de uma banda cuja sonoridade combine com o tema da noite.

Guerra pretende ainda ocupar a laje de dois prédios de São Paulo para exibir filmes durante o verão. As locações ainda estão sendo negociadas. Ele também quer transformar em sala de cinema locais inusitados relacionados ao tema do filme.

Entre as ideias, está utilizar um cinema abandonado para exibir o filme italiano "Cinema Paradiso" (1988) ou uma antiga locadora de vídeo para mostrar "Rebobine, por Favor" (2008), de Michel Gondry.

"Londres consome cinema de 20 maneiras diferentes. E não é essa coisa careta tecnológica de 4D. Os modelos brasileiros ainda são muito calcados na década de 90", diz.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página