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Ex-jogador Raí cria parceria para reformar Cine Sabesp

Atleta se juntou a exibidor do Espaço Itaú para reabrir cinema de rua em SP

Espaço em Pinheiros contará com mobiliário criado por Ruy Ohtake e sofá na primeira fileira na sala de projeção

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

"O mais moderno. O mais luxuoso. O mais confortável." Em 1962, era assim que anunciava o cartaz de inauguração do então Cine Fiammetta, atual Cine Sabesp --sala de cinema de rua em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Quando o espaço reabrir, em outubro deste ano, após uma reforma de dois meses, ele voltará a ostentar as colunas revestidas de pastilhas e os tijolos de vidro que justificavam os adjetivos do cartaz.

O espaço volta rebatizado de CineSala Sabesp, agora tocado por Raí, ex-jogador de futebol do São Paulo, e por seus sócios Paulo Velasco e Rodrigo Makray, além do programador Adhemar Oliveira, que já é proprietário do cinema.

O designer de interiores Marcel Steiner projetou a nova cara do saguão e a bombonnière. O arquiteto Ruy Ohtake desenhou parte do novo mobiliário. Na sala propriamente dita, com capacidade para 271 lugares, haverá um projetor digital e um amplo sofá ocupando todo o espaço da primeira fileira de poltronas.

"O fato de essa tendência dos cinemas de bairro ter crescido em outros países nos deu confiança nesse modelo de negócio aqui", diz Raí, que descreve a sua entrada no ramo como "fruto de uma paixão" por esses espaços de rua.

NADA DE SALA VIP

A inspiração, diz o atleta, veio de pequenas salas de bairro em Londres, como o Electric e as da rede Everyman. O primeiro abriga 65 poltronas com apoios de pé, outros três sofás duplos e até seis camas na fileira da frente. A Everyman oferece bolo e vinho durante os filmes.

"Mas não tem nada de sala VIP aqui", diz Velasco. Segundo ele, os preços serão os mesmos cobrados em cinemas de rua em São Paulo.

O exibidor Adhemar Oliveira diz que os longas da programação do CineSala serão semelhantes aos que já passam no Sabesp: "Filmes mais artísticos", diz. "Se mudássemos, o povo nos matava."

O projetor digital, contudo, permitirá a exibição de mais filmes por dia, o que dará aos exibidores possibilidade de programar longas conforme o público predominante no período: idosos mais à tarde, jovens mais à noite.

Os sócios, que preferiram não revelar os custos da reforma, dizem que não temem investir no filão dos cinemas de rua, sempre ameaçados pela especulação imobiliária.

Segundo Velasco, a bilheteria não será a única fonte de receita do empreendimento, que também poderá ser alugado para eventos, assim como já acontece com a Sala Raí, camarote no estádio do Morumbi inaugurado por ele e pelo ex-jogador em 2008.

Caso o empreendimento dê certo, os sócios pretendem implantar outros cinemas de rua em São Paulo. "Queremos usar o conceito em outros bairros, mas respeitando as características do entorno", afirma Velasco.


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