Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Instituto ganha série de cinco pinturas de Carroll Dunham

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A série de pinturas "Garden", do norte-americano Carroll Dunham, ocupa desde quinta (4) uma casinha caiçara, construção remanescente da fazenda onde hoje está Inhotim. Cada pintura --são cinco-- fica em um cômodo.

Dunham começou a carreira em Nova York, nos anos 1970. O eixo do seu trabalho é a pintura, com influências do expressionismo abstrato, pornografia e desenhos animados. Do seu ateliê, em Nova York, ele falou à Folha.

Folha - Como aconteceu o contato com Inhotim?
Carroll Dunham - Um dos curadores entrou em contato comigo. Foi em 2005, Inhotim estava bem no início. Fiquei muito excitado com a possibilidade de mostrar o meu trabalho no Brasil e começamos a conversar.

O museu fica literalmente no meio do nada. O que você achou disso, vindo de NY?
Achei maravilhoso. Um parque ecológico devotado à arte. Todo artista quer que o seu trabalho seja visto fora do seu mundinho. Era uma grande oportunidade.

Qual foi a primeira proposta?
A proposta foi que eu trabalhasse numa série de pinturas e, quando achasse que tinha um conjunto para Inhotim, voltaríamos a conversar.

Qual é o resultado?
Um grupo de cinco pinturas que venho produzindo desde então. Trabalho muito com séries, mas é a primeira vez que as pinturas ficarão juntas, reunidas num só lugar.

Você gostou do espaço, uma casinha caiçara?
Muito. Haverá uma sala para cada pintura, é sensacional, a situação perfeita.

Você chamou a série de "Garden". Foram pintadas pensando no museu, que é também um jardim botânico?
Não. Pintei o que eu precisava pintar. É uma coincidência que que retratem a natureza. Só quando terminei é que pensei: "Esta é a série perfeita para Inhotim."

Como definiria seu trabalho?
Meu trabalho é parte de uma longa tradição de pintura em NY. Nos anos 80, houve uma grande mudança na cena artística da cidade. As pessoas não se interessavam por pintura e, de repente, muita gente estava exibindo pinturas. Faço parte dessa geração.

Quais são as suas influências? Pollock?
As pessoas pensam que a pintura nos Estados Unidos começa com Pollock (1912-1956). Mas não. Começou muito antes, no século 19, com Marsden Hartley (1877-1943), Georgia O'Keeffe (1887-1986) e Stuart Davis (1892-1964). Na verdade, eu sempre acho coisas novas para me interessar. Influências nunca terminam.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página