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Crítica - Animação
'Cavaleiros do Zodíaco' volta repaginado, mas atrai ao cinema apenas o fã do desenho da TV
THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"Quem nasceu por volta de 1980 não precisa ler este texto. Esse pessoal iniciava a adolescência em 1995 e sabe tudo sobre o fenômeno cultural daquele ano no Brasil: os Cavaleiros do Zodíaco.
A única informação que interessa a eles é saber que o longa "Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário" chega nesta quinta (11) aos cinemas, recontando a história que os fãs conhecem da TV.
E só um aficionado é capaz de entender a confusa saga desse mangá lançado no Japão em 1986 e adaptado para desenho animado no mesmo ano --e que só estreou na TV brasileira em 1994.
Basicamente, fala de um grupo de jovens guerreiros com armaduras de bronze que defendem Saori, que é a reencarnação da deusa Atena. Mas o Grande Mestre do Santuário quer matar a menina.
Aí começam batalhas intermináveis, em que os Cavaleiros de Bronze enfrentam os de Prata, mais fortes, e os ainda mais temíveis Cavaleiros de Ouro, supervilões da série.
A história é muito violenta, com sangue e crueldade para todos os lados. Na condução da trama está a figura do herói Seiya, o Cavaleiro de Pégaso --cada um leva a alcunha de uma constelação.
O novo filme condensa várias passagens das dezenas de episódios da TV. O visual mudou completamente, o que deve ser o maior atrativo para uma ida ao cinema.
Criadas em computação gráfica, as imagens do novo "Cavaleiros" lembram outra saga japonesa, "Final Fantasy", que produziu games, filmes e animações desde 1987.
O traço é muito realista. Quem vê pela primeira vez se impressiona com os detalhes, como os cabelos esvoaçantes dos personagens. As armaduras também foram repaginadas, o que já provoca revolta dos fãs radicais na internet.
"Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário" foi feito para esses antigos admiradores. Quem não é iniciado pode passar sem ver.