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Crítica - Policial

Cenas cômicas de longa dão medo, e as de ação fazem rir

ESTILO EXAGERADO E CARICATURAL DO DIRETOR ENCAIXOU BEM NO ROCOCÓ POP DE 'AS PANTERAS' (2000), MAS ESVAZIA DE SENTIDOS O SUSPENSE E O HUMOR DE '3 DIAS PARA MATAR'

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

"3 Dias para Matar" parece ser um veículo criado para ressuscitar a carreira de Kevin Costner por meio de uma mistura de ação e comédia dramática, gêneros antes dominados pelo astro de "Os Intocáveis" (1987) e "O Guarda-Costas" (1992).

Mas, entre o projeto e o resultado, houve um pequeno imprevisto: as sequências de ação do filme fazem rir, e as cenas cômicas dão medo.

Costner vive um agente da CIA diagnosticado com uma doença que lhe dará apenas mais três dias de vida. Em troca de uma droga experimental que pode salvá-lo, ele é convencido pela também agente da CIA Vivi Delay (Amber Heard) a participar de uma última missão em Paris.

Ali ele reencontra a ex-mulher (Connie Nielsen) e a filha adolescente (Hailee Steinfeld), de quem se afastou por conta do trabalho.

Enquanto mata os vilões e luta para não morrer, o agente tentará se reaproximar da família em três dias.

É o tipo de premissa tresloucada e inconsequente que fez a fama do francês Luc Besson, que aqui assina roteiro e produção --e que havia sido bem-sucedido ao relançar Liam Neeson como herói de ação em "Busca Implacável" (2008).

Desta vez, porém, a tentativa falha, sobretudo pela direção de McG (nome de fantasia do americano Joseph McGinty Nichol). Seu estilo exagerado e caricatural encaixou bem no rococó pop de "As Panteras" (2000), mas esvazia de sentidos tanto o suspense quanto o humor da narrativa mais linear de "3 Dias para Matar".

É uma pena, porque quando a câmera fica quieta e não há cortes por mais de dez segundos, Costner tem a chance de mostrar que continua sendo um protagonista bastante sólido na ação, no drama e no romance.

Ao final, "3 Dias para Matar" é um filme que oferece uma sobrevida a seu personagem, mas não a seu ator.


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