Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Nelson Freire revê 1ª paixão por orquestra junto ao piano

Pianista toca obra de Beethoven que despertou seu interesse pelo gênero

Músico, com 65 anos de carreira, faz récitas de 'Imperador' na Sala São Paulo, acompanhado da Philharmonia Orchestra

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Prestes a completar 70 anos e celebrando 65 anos de carreira, Nelson Freire volta a tocar a obra que despertou sua paixão por concertos para piano: o "Imperador", de Beethoven (1770-1827).

O pianista a executará nas duas récitas com a Philharmonia Orchestra, na Sala São Paulo, nestas segunda (15) e terça (16), às 21h, pela temporada do Mozarteum Brasileiro.

"Quando, aos 12 anos toquei o Imperador', me apaixonei pela forma concerto para piano e orquestra", diz Freire. "Quis então conhecer tudo o que era concerto para piano e orquestra, até os menos conhecidos. Por coincidência, aos 14 anos eu já tocava 14 concertos."

Foi executando "Imperador" que ele ficou em sétimo lugar no 1º Concurso Internacional de Piano do Rio, em 1957, aos 12 anos. Ganhou notoriedade e recebeu, do presidente Juscelino Kubitschek (1902-76), uma bolsa para estudar em Viena (Áustria).

Lá, Freire estudou com voracidade, inspirado pelas palavras do pianista Friederich Gulda (1930-2000): "aprenda tudo o que puder até os 30, depois fica mais difícil". Hoje, é raro tocar uma música com a qual já não conviva há meio século. Para dar frescor a elas, trata cada uma "como se fosse a primeira descoberta".

"Sempre fui movido a paixões. Para estudar uma obra, preciso estar apaixonado por ela",afirma. É esse sentimento que o faz também não ser um entusiasta de gravações.

"Em geral, numa gravação você toca, ouve e depois começa a mexer aqui e ali e toca de novo e no fim a gente começa a se sentir meio robô", explica. Ele prefere a emoção do ao vivo. Por isso, toca três vezes, conversa com a equipe "e seja o que Deus quiser".

Freire abre uma série de discos da Decca com os concertos para piano de Beethoven, entre eles "Imperador" e a "Sonata nº 32". A gravação teve a orquestra Gewandhaus e o regente Ricardo Chailly. A Decca ainda lança "Radio Days".

Em São Paulo, a Philharmonia será regida por Vladimir Ashkenazy. A violinista Esther Yoo participa de "The Lark Ascending", de Vaughan Williams (1872-1958).

Na segunda (15), haverá ainda a "Sinfonia nº 5" de Sibelius (1865-1957) e na terça, a "Sinfonia nº 5", de Tchaikovsky (1840-1893).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página