Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Kevin Johansen volta a mesclar línguas em SP

'Cantautor' argentino-americano apresenta canções do álbum 'Bi' nesta quinta-feira

TETÉ MARTINHO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Rebento da geração de "cantautores" latinos que surgiu nos últimos 15 anos, o argentino-americano Kevin Johansen, 50, se distingue pelo vozeirão de barítono, a musicalidade eclética e o dom de mudar de língua três vezes no mesmo verso sem perder a métrica e nem o rebolado.

No país pela terceira vez, ele mostra nesta quinta-feira (18) no Bourbon Street, com sua banda, The Nada, o álbum duplo "Bi" (2012), com tangos e milongas, "sambossas", pop portenho, um cover de Leonard Cohen e o irônico western "My Name is Peligro", cujo refrão implora: "Shoot me down/ De una buena vez".

Boa ocasião de confrontar o parecer do crítico Jon Pareles, do "New York Times", que o descreveu como "o mestre do híbrido sem esforço".

A história dele ajuda: filho de mãe argentina e pai americano, nasceu no Alasca e viveu na Califórnia até os dez anos, quando mudou-se para Mendoza e se iniciou no violão clássico. Depois, à frente da banda de rock Instrucción Civica teve um disco de ouro no Peru.

"Sempre compus em inglês e espanhol", contou Johansen em entrevista à Folha. "Mas era tímido. Na Argentina, tinha vergonha de mostrar minhas coisas em inglês. Nos anos 1990, mudei para Nova York e passei a ter vergonha de cantar em espanhol."

Ele caiu nas graças do legendário Hilly Kristal, criador do CBGB, o muquifo da rua Bowery, em Nova York, de onde saíram para a fama Talking Heads e Patti Smith. "Foi ele quem me incentivou a usar minhas duas culturas na música, irmaná-las", diz.

Na Argentina, em 2000, formou um público latino e cult com discos como "The Nada" (2000) e "Sur o No Sur" (2002), indicado a três Grammy.

Se a crítica se rendeu logo à ironia de letras como "Cumbiera Intelectual" --sobre dama que não para de citar Freud e Kusturica nem dançando a cumbia--, o grande público argentino esperou que a romântica "Down with My Baby" virasse tema de novela para cair por ele.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página