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Fã de Jimi Hendrix, cantora de 14 anos participa da ópera 'Ártemis'

Valentina Safatle está na montagem que estreia no próximo dia 25

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Valentina Safatle tem 14 anos e na próxima quinta-feira (25) vai encenar sua segunda ópera. A cantora, que no ano passado fez sua estreia no Theatro São Pedro com "A Volta do Parafuso", de Benjamin Britten, retorna ao espaço como parte do elenco de "Ártemis", ópera de Alberto Nepomuceno com libreto de Coelho Neto que será exibida em quatro datas.

O time que integra é formado pela orquestra da casa, regida por Emiliano Patarra, a soprano Eiko Senda, o barítono Inácio de Nonno e o diretor teatral Roberto Alvim.

Ele propõe uma montagem fora dos padrões da ópera para a obra, que enxerga como "um conto de fadas dark".

Valentina diz que isso não a assusta. Há três anos ela faz curso de teatro na escola Célia Helena e aos seis começou a estudar piano, influenciada pelo pai, o colunista da Folha Vladimir Safatle, que toca o instrumento em casa.

"Quando era pequena, parava tudo que estava fazendo, até de brincar com as amigas, só para ouvi-lo", diz.

Embora adore a experiência, Valentina, que toca guitarra, gosta de rock e carrega na sua playlist "Jimi Hendrix, Janis Joplin e um pouco de Beatles para acalmar". Se aprecia algo recente? "Green Day, conhece?"

Para o maestro Patarra, Valentina se destaca em "Ártemis" por sua presença cênica. "Ela se expressa com força e identidade." São poucos os trechos em que canta, mas está quase o tempo todo no palco. "Ela canta sem vibrato, mas é afinada e nunca erra a entrada."

Em "Ártemis", ela faz Delia, filha de Hélio, artista que cria uma escultura da deusa Ártemis, inspirado na beleza da menina, a qual deseja. Sua mãe, Héstia, protesta contra o marido.

Para a ópera, Alvim criou uma luz crepuscular e recortada. Com isso, integrantes do coro, por exemplo, aparecerão como "cabeças flutuantes", de cabelos vermelhos e revoltos como os de Valentina.

"Eles são quase um espelho deformado da menina, e representam demônios pedindo ao pai que o ato sexual seja consumado", diz Alvim.


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