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Meu sonho é levar o jazz aos jovens, diz Lady Gaga

Cantora grava disco e faz show em Bruxelas com o veterano Tony Bennett

Em apresentação na segunda (22) para 5.000 pessoas, dupla troca elogios e mostra álbum 'Cheek to Cheek'

PEDRO CAIADO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BRUXELAS

Quando a notícia de que um álbum de jazz com Lady Gaga e Tony Bennett seria lançado, a reação foi de surpresa. Afinal, são 60 anos de diferença entre a cantora pop e o crooner de Nova York. Gaga diz, porém, querer levar o jazz para as massas.

"Quero levar esse maravilhoso estilo para a nova geração. Esse é o meu sonho", disse ela na segunda (22), ao lado de Bennett, em entrevista a jornalistas em Bruxelas, onde a dupla fez um show, trajando um vestido azul com luvas e turbante.

"Toco piano desde os quatro anos e descobri o jazz aos 13", afirmou Gaga, 28, acrescentando que a ideia para o álbum em parceria partiu de Bennett. "Eu me sinto livre e honrada em saber que ele conhecia a minha história com jazz", disse a cantora

Os dois se conheceram em um show em Nova York e gravaram uma versão de "The Lady Is a Tramp" para o álbum "Duets II", lançado em 2011 por Bennett.

"Eu pensava que tinha perdido essa parte de mim", disse ela. "Nunca poderia imaginar em cantar com Tony Bennett. Ele é o melhor nesse negócio."

"Ele me ensinou tanto sobre jazz. As histórias que ele me contou sobre Duke Ellington, entre outros nomes, mudaram minha vida", afirmou.

"Gaga tem um talento para o jazz", aprovou Bennett, 88. "Para cantar esse gênero você precisa sentir o momento e mudar a cada canção. Gaga é perfeita. Ela tem o talento e é visionária. Ela estará nesse negócio por muitos anos."

"Eu comecei da mesma maneira que ela, cantando para milhares, mas passei a preferir lugares intimistas", disse Bennett.

Na segunda (22), durante uma apresentação para um público de 5.000 pessoas, a dupla apresentou alguns pontos altos do repertório do novo álbum, "Cheek to Cheek".

Apesar da estranheza inicial de ver a cantora de "Bad Romance" ao lado do crooner, há uma melódica sinergia entre as duas vozes.

O encontro foi, sem dúvidas, um choque de gerações no palco e na plateia. Gaga se movimentava no melhor estilo Liza Minnelli, dando vida às canções, enquanto Bennett permanecia estático.

Por vezes teatral, com canções ensaiadas ao lado do piano, Gaga provou que consegue cantar jazz. Sem a mesma força de divas como Minnelli, mas com estilo próprio.

Por uma noite, a cantora de "Poker Face" conseguiu fazer o público se esquecer de seu pop exagerado, apresentando canções como "It Don't Mean a Thing" e "Lush Life".

Bennett não conseguiu acompanhar a energia de Gaga, mas esbanjou carisma. Estranhamente, o par foi uma combinação perfeita. "As pessoas amam Gaga e ela os ama de volta", resumiu ele.


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