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Jornalista vira ator pornô em 'O Infiltrado'

Em segunda temporada da atração, Fred Melo Paiva prepara também o próprio velório

VITOR MORENO DE SÃO PAULO

Investigar um tema em profundidade, com um olhar de dentro, é a missão do jornalista Fred Melo Paiva no programa "O Infiltrado", cuja segunda temporada estreia no dia 30 no History Channel.

Após tentar fundar uma igreja, virar lutador de MMA e compor uma música sertaneja no primeiro ano da atração, ele abre a nova leva de episódios tentando se transformar em ator pornô.

"Foi a coisa mais constrangedora que já fiz", diz ele, que durante a preparação fez um striptease em uma casa de suingue e entrevistou diversos "colegas de profissão".

Ao final do processo, ele protagonizou uma cena "softcore" (mais leve) com a atriz Sarah Lopes vestida de freira safadinha. O filme parou no site da produtora XPlastic e ganhou um prêmio em um festival especializado em Berlim.

"Minha mulher nunca viu o material", diz ele. "Ela me pergunta se tem com o que se preocupar e eu digo que não."

Noutro episódio, ele preparou o próprio velório para investigar a indústria da morte. Comprou caixão e vaga no cemitério e teve o corpo preparado, conforme suas preferências, como se fosse ser enterrado de verdade. Via Facebook, convidou amigos para o evento. "Procuro até opções de marido para a viúva", ri.

Ele também pediu para a jornalista da Folha Andressa Taffarel, que escreve obituários no caderno "Cotidiano", fazer o dele. "Ficou muito bom, mas espero que fique guardado por muito tempo."

Durante a temporada, ele ainda tenta emplacar um viral na internet. "Faço um programa que é jornalismo e entretenimento. As duas coisas não são excludentes", avalia.

"O humor serve como base para o meu jornalismo. É em cima dele que faço reportagens. Acho que essas coisas vão se misturar com mais frequência. O jornalismo caminha para algo assim."


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