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Gêmeos brasileiros produzem longa sobre a morte de Lennon

Lançamento está previsto para 2015, 35 anos após o assassinato

BEATRIZ MONTESANTI DE SÃO PAULO

Quase 35 anos e dois filmes desde a morte de John Lennon, em 8 de dezembro de 1980, irmãos brasileiros pretendem contar mais uma vez a história do dia em que o ex-Beatle foi assassinado na frente do prédio em que morava, em Nova York. Desta vez, mostrando o ponto de vista de pessoas que se viram envolvidas no desenrolar do crime.

O projeto "The Lennon Report" está atualmente em fase de pré-produção em Nova York, onde vivem Gabriel e Rafael Francisco, gêmeos idênticos nascidos no Rio de Janeiro e criados nos EUA.

A produção foi comparada pela BBC ao longa "JFK, a História Não Contada" (2013), sobre os desdobramentos da morte do presidente americano John F. Kennedy (1917-1963). O filme se passa no hospital Dallas' Parkland, onde médicos e enfermeiras tentavam salvar a vida de Kennedy, após o presidente levar um tiro durante um desfile em carro aberto.

Para chegar aos personagens retratados em "The Lennon Report", os irmãos Francisco fizeram um longo trabalho de pesquisa.

"Entrevistamos enfermeiras, médicos e outras pessoas que nos disseram que estávamos fazendo o filme na hora certa", contou Gabriel à Folha, misturando inglês com um português carioca. O longa será lançado em dezembro de 2015, quando se completam 35 anos da morte.

Entre as histórias retratadas na ficção, está a do jornalista e apresentador de TV Alan Weiss, internado na ocasião no hospital Roosevelt, para onde Lennon foi levado. Graças ao acaso, Weiss deu o furo da notícia, recebendo um prêmio Emmy pelo trabalho.

Até agora os atores Kevin Dillon ("Entourage") e David Zayas ("Dexter") estão confirmados no projeto, o primeiro no papel de um policial chamado para o local onde os cinco tiros de balas calibre 38 foram disparados contra Lennon. A direção será de Jeremy Profe, que assina o roteiro com Walter Vincent.

HERÓIS E VILÕES

Ao menos dois outros filmes já foram feitos sobre a morte do músico: "The Killing of John Lennon" (2006) e "Capítulo 27" (2007).

Ambos foram criticados por retratar o assassino do ex-Beatle, Mark Chapman, como uma espécie de anti-herói perturbado, movido pelas palavras de J.D. Salinger em "O Apanhador no Campo de Centeio", cujo protagonista, Holden Caulfield, virou ícone da alienação e rebeldia adolescente.

O projeto dos irmãos, segundo eles, seguirá um rumo diferente. "Não queremos chamar a atenção para Chapman, porque já fizeram isso. Ele tem uma presença [no longa], mas é muito pequena", explica Rafael.

Já a viúva de Lennon, Yoko Ono, aparecerá com maior destaque. "Ela será retratada meio que como uma heroína."


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