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Coleção Folha mostra como civis se engajaram na Primeira Guerra
Quinto volume da série vai às bancas no próximo domingo (19)
"A Guerra Total" é o quinto livro da Coleção Folha As Grandes Guerras Mundiais, que vai para as bancas no próximo domingo (19).
A coleção completa possui 20 volumes. Os oito primeiros são dedicados a contar a Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, e outros 12 relatam a Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945.
"A Guerra Total" demonstra como a Primeira Guerra comprometeu não somente os soldados no campo de batalha, mas também a economia dos países e seus civis.
Para suprir as necessidades das Forças Armadas e atender às demandas da indústria bélica, as sociedades precisaram se reorganizar. A população civil, especialmente da Alemanha, que sofreu o bloqueio imposto pelos aliados no mar do Norte, sentiu os efeitos da fome e do racionamento de produtos essenciais.
À medida que os homens eram enviados ao combate, mulheres se tornaram chefes de família e, por consequência, atingiram conquistas sociais para o gênero.
O quinto volume reúne imagens de operárias soldando bombas, carregando sacos de farinha e também das leiteiras nas ruas de Londres.
"A Guerra Total" descreve a importância do apoio recebido pelos impérios britânico e francês e, sem o qual, não seriam vitoriosos. No início do século 20, França e Inglaterra ainda eram potências imperiais e puderam mobilizar muitos países e seus recursos em prol do conflito.
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Índia fortaleceram o Exército britânico, enquanto a França teve ao seu lado Camboja, Indonésia, Senegal, Argélia e Tunísia.
Cada nação se prendeu aos seus objetivos particulares e mantiveram-se irredutíveis.
Um entendimento diplomático passou a ser cada vez mais improvável e o número de mortos aumentou.
Os países aliados exigiam que a Alemanha desocupasse os territórios invadidos, mas os germânicos não abriram mão de suas conquistas.
Em território francês, a sangrenta Batalha do Somme (1916), narrada no livro em detalhes, foi exemplo da disputa acirrada entre ambos os lados. Ingleses e franceses lutaram para expulsar seu inimigo comum, nesse combate marcado por ações descoordenadas e condições meteorológicas ruins.
BAIXAS
O uso de tanques de guerra, uma arma até então secreta, ajudou os aliados a avançar, mas não impediu que milhares de vidas fossem perdidas. Foram 420 mil ingleses, 200 mil franceses e entre 450 e 600 mil alemães em pouco menos de cinco meses.
Após os esforços empregados em 1916, a França trocou sua liderança na Frente Ocidental e o novo primeiro-ministro britânico, David Lloyd, submeteu sua Força Expedicionária ao comando francês, gerando uma grave crise entre o governo civil e seus militares.