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'Em Busca do Ouro' destaca as inquietudes de Chaplin

Longa reconstitui aventura de garimpeiros no Alasca e chega às bancas no domingo

DE SÃO PAULO

Para Charles Chaplin, fazer dois pãezinhos dançarem ou comer os próprios sapatos parecia menos absurdo do que os efeitos da ambição sobre a mente dos homens.

No seu "Em Busca do Ouro", de 1925, o artista retrata um fato marcante da história norte-americana, a febre do ouro no Alasca no final do século 19, ao encarnar um garimpeiro que enfrenta o frio e a fome para realizar o sonho de se tornar rico.

O filme é o oitavo volume da Coleção Folha Charles Chaplin e chega às bancas no próximo domingo, 4/11.

"Em Busca do Ouro" mostra a viagem de Carlitos até as jazidas do Alasca, verdadeiros formigueiros humanos para onde milhares de homens partiam para se aventurar procurando o metal.

No meio de uma tempestade de neve, ele consegue encontrar uma cabana, mas tem que disputar espaço com outro homem, um bandido.

Jim McKay, outro aventureiro em busca de ouro, surge e acaba salvando a vida do vagabundo, e os dois tornam-se grandes amigos.

Mais tarde, em uma ida à cidade, Carlitos se encanta por uma bela dançarina, sem perceber que não tem muitas chances com ela.

"Em Busca do Ouro" é o filme pelo qual Chaplin confessou em sua autobiografia que gostaria de ser lembrado.

Perfeccionista, ele filmou dezenas de tomadas para a cena em que come os sapatos e devorou vinte pares de botinas feitas de açúcar, antes de ficar satisfeito com a cena.

A sequência da dança dos pãezinhos foi tão popular junto ao público que, em alguns cinemas, os projecionistas a exibiam novamente após o fim das sessões.

Chaplin compôs uma fábula sobre a sobrevivência em que mostra as esperanças e tragédias dos homens.

E se o sonho da busca pelo ouro continua a inspirar diversos filmes, Chaplin tornou realidade a preocupação de que seu cinema se transformasse em manifesto contra o que não compreendia.


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