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Compilação da Magnum revê século 20

Obra reúne 435 imagens analógicas de 69 fotógrafos da agência de fotojornalismo; exposição marca lançamento

Livro e exposição na loja do IMS no Conjunto Nacional em SP trazem imagens emblemáticas dos 65 anos da agência

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

Há pouco mais de uma década, fotografar significava mais que um simples toque numa câmera digital. Era preciso colocar o filme na câmera, para então fazer o clique. Depois, revelar o fotograma e ampliar as imagens em papel.

Muitas vezes, em especial no fotojornalismo, antes dessa última etapa ampliavam-se os negativos em tamanho original num papel chamado folha de contato. Com lentes de aumento, escolhia-se ali a imagem a ser utilizada.

A revolução digital acabou com todo esse processo. Agora, quem faz as fotos escolhe na hora quais sobrevivem.

"Magnum - Contatos", livro que é lançado hoje, apresenta quase cem anos dessa prática superada, mas que revela o processo de alguns dos mais importantes fotógrafos do século 20, como Henri Cartier-Bresson (1908-2004).

A publicação oferece "a memória de um processo e de um tempo que são realmente distintos do que se vê em qualquer outro meio", disse à Folha Kristen Lubben, organizadora do livro e curadora do ICP (International Center for Photography).

O livro traz 435 imagens de 69 fotógrafos vinculados à agência criada em 1947 por Robert Capa (1913-1954) e David Seymour (1911-1956), com o apoio de Cartier-Bresson.

Aproveitando o lançamento, o IMS abre uma mostra com 39 imagens da publicação, contatos e fotografias. A seleção é de Samuel Titan Jr.

Em seus 65 anos, a Magnum distribuiu algumas das imagens mais representativas da história, como a fotografia do solitário protestante em frente a quatro tanques de guerra na praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989, feita por Stuart Franklin.

Além de apresentar um processo de trabalho em extinção, o livro acaba se tornando um epitáfio à fotografia analógica, aquela feita por câmeras com filmes.


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