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Kiko Farkas exibe sua arte gráfica no Irã

Convidado especial de festival anual de design gráfico, paulistano é primeiro latino-americano a expor em Teerã

Mostra com 200 trabalhos tem desde série de cartazes para Osesp até prancha de surfe feita para BMW

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

Um dos mais respeitados designers brasileiros tornou-se o primeiro artista latino-americano a abrir uma exposição de obras gráficas na República Islâmica do Irã.

O paulistano Kiko Farkas, 54, inaugurou uma mostra na última sexta-feira com cerca de 200 trabalhos seus na Casa dos Artistas Iranianos, no centro de Teerã.

Centenas de pessoas estiveram no local para a abertura da montagem, que foi precedida por uma palestra do artista brasileiro.

A exposição inclui cartazes para filmes e para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), capas de livros (como os que ele fez para obras de Jorge Amado e do Nobel sul-africano J. M. Coetzee) e objetos encomendados por grandes empresas, como uma prancha de surfe realizada para a BMW.

Com cores chamativas e predominância de curvas, as obras surpreenderam muitos iranianos. "Fico impressionada com essa liberdade de criar formas. Gostei muito das cores calorosas e envolventes. Nunca havia visto nada parecido", disse a artista plástica Simin K., 29.

O estudante de design Amir H., 24, afirmou que a exposição destoa da imagem que ele tem do Brasil. "Para mim, o país evocava cenários como os do filme 'Cidade de Deus', mas essa mostra traz algo bem diferente disso."

Farkas se disse "muito empolgado" por estar no Irã e afirmou estar interessado em conhecer melhor a arte gráfica no país persa.

"Os iranianos têm uma ligação muito forte com a caligrafia. No Brasil a escrita não tem esse [aspecto] pictórico."

Farkas está no Irã como participante do festival anual que homenageia Morteza Momayyez, tido como o pai do design gráfico iraniano, que morreu em 2005.

O convite foi feito pelo filho de Momayyez, que se encantou com as obras de Farkas ao descobri-las durante um congresso de design no Porto, há dois anos.

Hoje, Farkas orientará

um workshop no qual pedirá aos participantes que criem um cartaz retratando graficamente aspectos do seu dia a dia.

Na volta ao Brasil, ele apresentará o resultado a artistas brasileiros, que retribuirão mandando ao Irã autorretratos de seu cotidiano.


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