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Televisão

Série veterana sobre crimes na Marinha é nº 1 nos EUA

Décima temporada do drama "NCIS" estreia amanhã na TV a cabo brasileira

Programa já deu origem a "filhote" ambientado em Los Angeles; canal planeja mais versões

Fotos Divulgação
Mark Harmon, Brian Dietzen e Cote de Pablo, em 'NCis
Mark Harmon, Brian Dietzen e Cote de Pablo, em 'NCis'
ISABELLE MOREIRA LIMA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Um trem corta a tela, e logo se vê a perseguição a dois homens. Eles correm, há embate físico e, por fim, um deles é capturado. Seu companheiro fica para trás e grita: "Torres!".

No momento em que essa cena foi ao ar nos Estados Unidos, na última terça-feira, cerca de 17 milhões de pessoas assistiam ao sexto episódio da nova temporada de "NCIS", na rede de televisão aberta CBS, a líder em audiência no país.

A série sobre uma agência de investigação de crimes que envolvem a Marinha americana chega ao seu décimo ano -no Brasil, a estreia é amanhã, no AXN- como a produção número um do país e um dos maiores sucessos de vendas internacionais.

Apesar da temática sisuda, o drama alcança bons números inclusive na faixa de público que tem entre 18 e 49 anos, cobiçada pelas emissoras por ser aquela que os anunciantes mais querem atingir.

O status chama a atenção num cenário televisivo em que se preza cada vez mais o desenvolvimento lento e consistente de personagens, marca de séries como"Breaking Bad" e "Mad Men".

Diferentemente delas, "NCIS" aposta em um mistério por episódio, com poucas brechas para as tramas de seus personagens fixos. A crítica, a bem de verdade, não dá muita bola para o seriado.

Apesar da longevidade, o programa tem praticamente desde o início o mesmo elenco, encabeçado pelo veterano Mark Harmon. Ele interpreta Jethro Gibbs, ex-atirador de elite que lidera uma equipe de investigação formada por agentes especiais e apoiada por especialistas forenses e médicos legistas.

Nem Harmon sabe explicar a razão do êxito. "No início, achava que o programa não era bom o suficiente para ser notado nem ruim o bastante para ser cancelado. Isso nos permitiu trabalhar sem muitas preocupações", conta.

Segundo ele, no primeiro período, os atores não tinham em mãos um roteiro completo. "Recebíamos uma página, e pronto. Tínhamos de improvisar. Hoje, há roteiristas que ficam dentro do set. É a primeira vez que trabalho numa série que conta com esse tipo de estrutura", diz.

ANTIQUADO?

Assim como o elenco, o quadro de roteiristas mudou pouco. Alguns deles já escreveram 30 ou 40 episódios, algo raro no meio.

Harmon não gosta de pensar na série como um produto de formato antiquado. "Nós contamos a história de uma agência real, baseada em pessoas reais, com muito cuidado. Se isso é ser antigo, eu não sei."

Para Cote de Pablo, que interpreta Ziva David, investigadora da equipe de Gibbs, o segredo do êxito está no elenco fixo. "Se alguém saísse, a série ficaria capenga", avalia.

O sucesso gerou derivações. O "spin-off" "NCIS: Los Angeles", com Chris O'Donnell e LL Cool J, está na quarta temporada e também mantém bom ibope. A CBS estuda lançar novos "filhotes" da produção policial.

O criador da original, Don Bellisario, porém, parece não estar gostando do aumento da prole. Ele abriu um processo contra a CBS por não ter sido envolvido na concepção da versão de Los Angeles.


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