Folha de S.Paulo

Crítica

Howard Hawks faz comédia com busca por eterna juventude

Se o lugar do homem na ordem do universo esteve sempre no centro do cinema de Howard Hawks, uma figura proeminente da humanidade, nas suas comédias, são os cientistas. Como o Cary Grant de "O Inventor da Mocidade" (TC Cult, 20h10, livre).

Distraído e com uns 200 graus de miopia, esse cientista sabe ver longe, mas raramente se dá conta do que está diante do nariz.

Ele se dedica no momento a criar uma fórmula da eterna juventude, mas sem sucesso. Quem, por acaso, faz as misturas necessárias a que a fórmula funcione é sua cobaia, um macaco.

Sim, porque talvez entre os macacos e nossos gênios as distâncias não sejam tão grandes assim. E nosso lugar na natureza está, ao menos, em questão.