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Wagner Moura vira vilão para poder se dedicar a papel de Fellini

DO ENVIADO A PAULÍNIA (SP)

Quando o diretor Heitor Dhalia e a produtora Tatiana Quintella tomaram a decisão de adiar as filmagens de "Serra Pelada" e transferi-las do Pará para São Paulo, Wagner Moura, protagonista e produtor do filme, temeu pelo pior.

"Foi muito difícil para mim, porque achava que não filmar no Pará significava não fazer mais o longa. Mas eu não estava tão a par dos meandros dos custos quanto Heitor e Tatiana", explica Moura por telefone.

"Foi um erro de logística nosso, mas, quando cortamos as filmagens no Pará, enxugamos também o roteiro. Tiramos uma criança que seria a ligação entre os personagens e cortamos locações."

Moura deixou de lado o papel principal de Juliano porque já entrou na preparação para viver o diretor Federico Fellini na produção americana "Fellini Black and White", de Henry Bromell, um dos produtores da série "Homeland".

"Eu estou fazendo aulas de italiano para filmar Fellini em janeiro. Eu não poderia chegar a Los Angeles com o sotaque dos americanos de 'Bastardos Inglórios'", brinca o ator, que contratou uma professora particular para aprender a língua e, depois, interpretar o famoso cineasta em inglês.

Como não poderia filmar com tanta frequência por causa de "Fellini", o ator encontrou uma saída: "Eu sentia desde o início que o longa precisava de um antagonista mais forte, além da cobiça pelo ouro. Foi quando inventei Lindo Rico". O personagem será o vilão da trama.

Mesmo cedendo o protagonista para o amigo Juliano Cazarré, Wagner Moura ainda tinha a opção de adiar "Serra Pelada", mas preferiu deixar o filme seguir o curso.

"A equipe estava engatilhada. Tenho um amor por esse projeto e não queria prejudicá-lo mais", diz. "Juliano é um grande ator e acho que precisa de um personagem assim como eu tive em 'Tropa'", conta Moura.

Mas será que "Serra Pelada" tem chances de alcançar números parecidos com os da série do Capitão Nascimento?

"O filme tem a chance de ser um blockbuster que destoa das comédias", confia o ator, que estreia em Hollywood em agosto de 2013 com

"Elysium", do diretor Neill Blomkamp, de "Distrito 9".

"Quero produzir longas com conteúdo e valor de mercado. É difícil de balancear, porque tem um pensamento antigo de que filme de arte precisa ser cabeça", reclama.

"Mas 'Elysium' e 'Serra' podem mostrar que esse equilíbrio é possível."


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