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Grandes estúdios perseguem estatuetas
Após cinco anos de domínio de filmes independentes, superproduções são favoritas na temporada de prêmios
Sony e Universal usam como tema a política americana, atual e passada, para tentar conquistar o Oscar
Desde que "Os Infiltrados", da poderosa Warner, ganhou o Oscar de melhor filme, em 2007, nenhum grande estúdio americano conseguiu repetir o feito.
Mas quatro grandes de Hollywood -Sony, Warner, Paramount e Universal- querem mudar esse cenário.
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood anuncia, na quinta-feira, os indicados ao Globo de Ouro, maior termômetro ao Oscar.
A política é o tema dos dois filmes favoritos ao Oscar. A Sony aposta forte em "A Hora Mais Escura", thriller de Kathryn Bigelow ("Guerra ao Terror") sobre a caçada ao terrorista Osama Bin Laden.
O filme já faturou o prêmio da crítica de Nova York e e o National Board of Review, grupo formado por entusiastas, cineastas e estudiosos de cinema, que divulgou a escolha na última quarta-feira.
Já a Universal confia na equação Steven Spielberg, Daniel Day-Lewis e momento político para vender seu "Lincoln", que mostra a luta do presidente Abraham Lincoln para aprovar a lei de abolição da escravatura.
"É gostoso ouvir de novo esse burburinho do Oscar, mas não posso deixar isso me contaminar", conta Sally Field à Folha, poucas horas antes de ser escolhida a melhor atriz coadjuvante pelos críticos de Nova York por seu papel da primeira-dama Mary Todd Lincoln, desbancando a favorita Anne Hathaway de "Os Miseráveis".
"Queria ouvir isso de todos os jornalistas que encontrar. Fico feliz, porque esse hype vai levar mais pessoas para o filme", diz Hathaway ao ouvir que seu nome estará entre os indicados ao Oscar.
O anúncio dos indicados ao Oscar sai em 10 de janeiro, três dias antes da cerimônia de entrega do Globo de Ouro. Uma forma de não influenciar os votantes. Já a festa será realizada em 24 de fevereiro no rebatizado Dolby Theater.