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Crítica drama

Trabalho é o mais amargo da leva atual de filmes políticos com crianças

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

Histórias de luta contra as ditaduras latino-americanas vistas pelos olhos de crianças se tornaram quase um subgênero do cinema recente.

Nele se incluem o argentino "Kamchatka" (2002), o chileno "Machuca" (2004), o brasileiro "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias" (2006), o francês "A Culpa é do Fidel!" (2006) e agora "Infância Clandestina".

Cada um à sua maneira, esses filmes reconheceram que o choque entre a férrea convicção de pais militantes de esquerda e a volátil inocência de seus filhos -em um ambiente de opressão, mas também de aventura- tinha enorme potencial dramático.

Mesmo chegando por último, "Infância Clandestina" consegue afirmar sua personalidade. Aqui o horror destrói qualquer possibilidade de ingenuidade. Nesse sentido, é o mais amargo e o menos inocente desse grupo.

O filme tem ainda as qualidades que nos acostumamos a reconhecer nas produções argentinas, sobretudo o roteiro sólido (do brasileiro Marcelo Müller e do diretor Benjamin Ávila) e o alto nível das atuações -além de um ótimo uso da animação nas cenas de maior violência.


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