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Crítica documentário

Longa banaliza a relação entre Bergman e musa Liv Ulmann

ALCINO LEITE NETO DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Além de seus cinco casamentos oficiais, o diretor Ingmar Bergman teve relações amorosas duradouras com três de suas principais atrizes: Harriet Andersson, Bibi Andersson e Liv Ulmann.

Com elas, Bergman criou várias obras-primas do cinema e, às vezes, reunia essas atrizes num mesmo filme extraordinário, como "Sorrisos de Uma Noite de Verão" (com Harriet e Bibi), "Persona" (com Bibi e Liv) ou "Gritos e Sussurros", interpretado pelas três e Ingrid Thulin.

Eram todas elas parte de uma trupe construída e admirada por Bergman, a qual contava ainda com grandes atores, como Max von Sydow e Erland Josephson.

No documentário "Liv & Ingmar - Uma História de Amor", a norueguesa Liv dá um longo depoimento sobre sua relação com Bergman.

Ela certamente teria muitas coisas a contar sobre os dez filmes que fez com o diretor, as preocupações cinematográficas e teatrais de Bergman e dela própria, as relações com os demais atores da trupe etc.

"Liv & Ingrid", porém, resultou num enfadonho relato confessional da atriz sobre os dramas íntimos do casal, em que o melhor da história (a reunião dessa excepcional família de artistas num projeto comum: o cinema) é posto de lado em prol de lembranças sentimentais -e bastante narcísicas- de uma dolorosa banalidade.

Dirigido pelo indiano Dheeray Akolkar com olhar meloso e kitsch, o documentário não faz jus ao legado de Bergman e ainda nos obriga a encarar a maravilhosa Liv Ulmann num de seus piores papéis.


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