Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Diretores teatrais questionam indicações a Prêmio Shell de SP

Em redes sociais, escolhas de jurados são alvo de críticas

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Logo após a divulgação dos indicados ao Prêmio Shell de São Paulo na última sexta (a lista era relativa ao segundo semestre de 2012), três diretores de teatro repudiaram no Facebook as escolhas feitas pelos cinco profissionais que compõem o júri do prêmio.

A mesa é formada por Marici Salomão (dramaturga), Alexandre Mate (professor do Instituto de Artes da Unesp), Carlos Colabone (cenógrafo e figurinista), Mario Bolognesi (ator e pesquisador de artes circenses) e Noemi Marinho (dramaturga).

As primeiras críticas foram postadas por Felipe Hirsch logo pela manhã e foram seguidas por comentários de Ruy Filho e de Roberto Alvim.

Hirsch escreveu: "Ao ler os indicados de São Paulo do segundo semestre, fiquei extremamente mal impressionado com a falta de deferência para os trabalhos de Roberto Alvim, Antônio Araújo e Antunes Filho".

No mesmo texto, o diretor questionou o mérito dos indicados: "É um prêmio de incentivo?".

Os espetáculos de Hirsch já receberam mais de 20 indicações ao prêmio.

Neste ano, ele concorre, no Rio de Janeiro, pela direção da peça "O Livro de Itens do Paciente Estevão".

CRITÉRIOS

Depois da postagem de Hirsch, Ruy Filho também colocou em xeque os critérios da seleção. Ele lembrou que, conforme dispõe o regulamento, o Shell só analisa espetáculos que tenham feito pelo menos 24 apresentações.

"Imaginemos o que isso significa para um grupo sem patrocínio", escreveu.

Por fim, Roberto Alvim reproduziu na rede um trecho da carta que, segundo ele, enviou a um dos jurados.

Na missiva, o diretor reclama da falta de menção aos projetos da companhia que dirige, a Club Noir. O grupo encenou neste ano todas as tragédias de Ésquilo e organizou uma mostra de dramaturgia contemporânea.

À Folha, Alvim disse: "O Shell deveria implementar uma política de rotatividade dos jurados; senão, o prêmio roda em círculos, atrelado à repetição dos mesmos amigos e à defenestração dos mesmos inimigos".

JURADOS

Em resposta às críticas, uma das juradas do prêmio, Marici Salomão disse à reportagem: "Todo ano é a mesma coisa, o mesmo teor de crítica; isso sim é nivelar pelo médio, como se o prêmio fosse uma partida de futebol. A discussão estética fica sempre aquém do que deveria".

Marici continua: "Sinto que é isso o que falta, entender que o prêmio é um recorte do semestre e ir além das medidas de gosto pessoal em prol de uma visão plural sobre o teatro em questão".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página