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Morre o criador da série 'Thunderbirds'
Inglês Gerry Anderson introduziu na TV heróis em formato de marionetes que são cultuados até hoje em reprises
Produtor inventou o 'supermarionation', sistema para mexer os bonecos a partir de diálogos pré-gravados
Impossível ser criança nos anos 1960 sem ter assistido -repetidas vezes- às séries de heróis marionetes que passavam nas tardes da TV. Notadamente "Thunderbirds".
São muitas. A lista inclui também "Stingray", "Joe 90", "Capitão Escarlate Contra os Mysterons" e outras menos lembradas. O pai desse gênero de entretenimento, o inglês Gerry Anderson, morreu anteontem, aos 83 anos. Sofria de Alzheimer desde 2010
Ele dirigiu séries com marionetes desde 1957, mas em 1960 lançaria o revolucionário sistema "supermarionation", no seriado "Supercar".
Os bonecos, movimentados por fios rígidos e outros flexíveis, tinham um sensor na cabeça para mexer a boca ao som da dublagem previamente gravada por um ator.
As séries de Anderson feitas com essa técnica se sucederam por toda a década, incluindo "Fireball XL5" (um foguete), "Stingray" (um submarino) e "Joe 90" (um garoto agente secreto que usava uma máquina para transferir ao seu cérebro novas habilidades a cada missão).
Mas nenhuma superou a popularidade de "Thunderbirds", sobre uma organização secreta de resgate.
Na trama, o ex-astronauta milionário Jeff Tracy mantinha naves de salvamento pilotadas por seus cinco filhos.
São personagens marcantes Brain, o gênio construtor das naves, e Lady Penelope, agente bonitona dublada por Sylvia, mulher do produtor.
Nas décadas seguintes, Anderson criou séries com atores de verdade, conseguindo sucesso com "Espaço 1999", mas nunca recuperou o prestígio de "Thunderbirds".